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Existe receita para a felicidade? Veja reflexões de Monja Coen

É tempo de despertar, de conviver, de aproveitar as conexões reais, de ter pausas para apreciar a própria vida

Por Monja Coen Roshi, missionária oficial da tradição Soto Shu, com sede no Japão*
5 set 2025, 04h00
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O que significa ser feliz? Ou seria melhor dizer “estar feliz”? (Ilustração: Natalia Rey/Veja Saúde)
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Saúde física, mental, social, ambiental, espiritual… É preciso tudo isso para ser feliz?

E quem está doente, não pode ser feliz? Será que felicidade está relacionada com fama, riqueza, beleza e vitalidade? Ou há um estado de contentamento com a existência que transcende até mesmo o bem-estar em todos os aspectos da vida?

O que significa ser feliz? Ou seria melhor dizer “estar feliz”? “Ser” dá impressão de um estado contínuo.

“Estar” é impermanente. A vida é impermanente. Não há nada fixo. Nem mesmo o personagem que criamos para sobreviver. Mudamos o tempo todo. Está tudo se transformando e fluindo. Transpomos as barreiras do eu e do outro. E, mesmo assim, há um dentro e um fora — eu e você.

Somos semelhantes, e não iguais. Podemos reconhecer em cada pessoa o seu potencial. Como fazer com que o maior número de pessoas desperte para a mente clara, lúcida, brilhante e terna? A tranquilidade é simultânea ao despertar.

+ Leia também: Para mente e corpo: descobertas da ciência sobre o poder da gentileza

Como estar presente no agora se, ao escrever, já estou em outro momento? O que é um instante de felicidade?

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Já aconteceu de você entrar em seu quarto e sentir a alegria do silêncio na solitude? Diferente da solidão, de se sentir só e incompreendida, solitude é a escolha de estar a sós, de apreciar a própria companhia.

Entretanto, quando despertamos, percebemos que estamos sempre em nossa própria companhia — todos e todas, tudo que é, foi e será são manifestações do sagrado que nos habita e no qual habitamos.

Então, por um instante, tente se sentir pleno, sem necessidade de fazer nada. Mesmo que haja dificuldades, problemas, questões a serem superadas. Permita que tudo cesse e você, simplesmente, desfrute um instante silencioso e tranquilo.

O estado de quietude, a paz, pode acompanhar você no meio da festa, do show, da confusão do trânsito, do metrô, da briga e do diagnóstico temido… Em todo e em qualquer lugar.

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+ Leia também: A nova medida da felicidade: saiba o que é florescimento humano

Felicidade também tem a ver com doar, cuidar, querer bem. Apreciar a vida. Cada instante sagrado. Respire conscientemente e seja feliz. Mas cuidado!

Há a possibilidade de você se enganar, ou querer aparentar estar sempre bem e procurar o que nas redes sociais parece felicidade. Essa pressão por uma positividade extrema gera a felicidade tóxica.

Será que precisamos estar sempre sorrindo, brincando, dançando, demonstrando um estado de alegria? Precisamos esconder nossas dúvidas e medos — ou reconhecê-los e transmutá-los?

Buda dizia que “Quem conhece o contentamento é feliz mesmo dormindo no chão” e “Quem não conhece o contentamento é infeliz mesmo em um palácio celestial”.

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Você conhece o contentamento com a existência ou vive descontente, reclamando, resmungando? Atenção! Hábitos podem se tornar vícios.

Podemos nos viciar nas redes sociais, nos algoritmos que nos dão instantes de ternura, e deixarmos de brincar com nosso cãozinho, pois nos deleitamos com os das telas. É tempo de despertar, de conviver, de aproveitar as conexões reais, de ter pausas para apreciar a própria vida.

Assim é que é.

*Monja Coen Roshi é missionária oficial da tradição Soto Shu, com sede no Japão, e coautora do livro Ser Feliz: É Possível? (Papirus 7 Mares – clique para comprar*), escrito em parceria com Gustavo Arns.

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**A venda de produtos por meio desse link pode render algum tipo de remuneração à Editora Abril. 

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