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Como evitar um afogamento – e o que fazer se ele acontecer

As férias de verão chegaram e, com o descanso, há um aumento no risco de acidentes aquáticos. Saiba como se proteger

Por Marcio Rogério Renzo, fisioterapeuta*
Atualizado em 11 jan 2023, 13h28 - Publicado em 11 jan 2023, 10h01
afogamento
Ainda há muitos casos de afogamento. Somente em 2022 foram atendidas 728 ocorrências envolvendo o meio aquático pelo Corpo de Bombeiros no interior do Estado de São Paulo e na região metropolitana (Foto: Li Yang/Unsplash/Divulgação)
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O início de um novo ano chegou e, com ele, as tão aguardadas férias e confraternizações com amigos e familiares. Nessa época, os destinos preferidos são praias, clubes, pousadas e chácaras à beira d’água.

Muitos dos momentos vividos nesse período nos acompanharão por toda a vida. Mas, para alguns grupos, as lembranças nem sempre serão boas. Isso porque, com as festividades – que quase sempre são regadas a bebidas alcoólicas –, pode vir a negligência.

Segundo o Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, o número de ocorrências envolvendo pessoas que precisaram de resgate até caiu nos últimos três anos. Mas está longe de ser aceitável. Afinal, a cada vida que se perde (ou que fica marcada por sequelas), famílias inteiras são afetadas.

Para ilustrar como os números ainda são elevados, somente em 2022 foram atendidas 728 ocorrências envolvendo o meio aquático pelo Corpo de Bombeiros no interior do Estado de São Paulo e na região metropolitana. Já no litoral foram 1 707 ocorrências computadas até o mês de outubro.

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Nos últimos anos, as campanhas educativas feitas pela instituição têm sido intensificadas, o que ajuda a explicar a redução no número de casos. Mas o empenho não cabe apenas ao Corpo de Bombeiros: todos nós devemos fazer nossa parte.

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O que fazer diante de um acidente na água?

Quando a pessoa for retirada da água, veja se ela tem respiração e acione, através do telefone 193 (Corpo de Bombeiros) ou 192 (SAMU) o auxílio de profissionais qualificados para ajudar. Identifique-se e informe o local exato do acidente, além das condições da vítima.

Quando a pessoa não estiver respirando, inicie a manobra de reanimação. Só pare quando o socorro chegar.

+ Leia também: Muita gente não usa protetor solar, mesmo sabendo de sua importância

E como fazer a manobra de reanimação?

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O passo a passo é assim:

1- Coloque a pessoa sobre uma superfície rígida
2- Ajoelhe-se de forma firme ao lado do corpo
3- Entrelace os dedos das suas mãos e posicione sobre o tórax da vítima, na região entre os mamilos.
4- Pressione o tórax da pessoa – use somente o peso do seu corpo. Importante não fazer força demais, use somente o próprio peso do seu corpo!
5- Realize entre 100 e 120 repetições da manobra de compressão por minuto.
6- Se necessário, reveze com alguém. Mas não pare até o socorro chegar.

A prevenção é sempre o melhor caminho

Existem diversas formas de prevenirmos acidentes na água, que podem ocorrer em praias, córregos, rios, lagos, piscinas e até mesmo em banheiras.

Veja as principais orientações de segurança para cada um desses locais, conforme orientações do Corpo de Bombeiros:

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Nas praias: nunca deixe crianças sem a supervisão de um adulto; não utilize boias infláveis, porque podem furar; não consuma bebidas alcoólicas ou drogas antes de entrar na água.

Em piscinas: nunca deixe brinquedos no entorno das piscinas, pois eles ajudam a atrair as crianças, que podem cair; a piscina deve ser cercada totalmente e contar com um portão para acesso.

+ Leia também: Micose de praia: tratamento deve durar um mês, mas poucos seguem indicação

No banho: nunca deixe o bebê desacompanhado durante o banho, mantenha a atenção total até o término. Um dado importante é que 25% dos afogamentos de crianças ocorrem por quedas em baldes, vasos sanitários, caixas de reserva de água ou outros objetos que acumulam água.

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Em cachoeiras e rios: não entre em locais onde haja corredeiras; caso esteja em um barco ou outro meio de transporte aquático, use sempre o colete salva-vidas; em rios sem corredeiras, nunca deixe que a água ultrapasse a altura dos joelhos, porque nesses locais a profundidade pode se alterar bruscamente; em represas, tenha atenção com a vegetação no fundo, já que há risco de o corpo ficar enroscado.

Está vendo um afogamento?

Chame imediatamente o Corpo de Bombeiros. Não tente entrar e salvar a pessoa. É muito perigoso! Se possível, jogue algo para que a vítima consiga agarrar e ser puxada para fora com segurança ou que possa ajudá-la a boiar.

Dicas gerais de segurança

Aproveite os meios aquáticos sem sustos com essas recomendações:

  • Nunca confie em boias infláveis;
  • Evite locais onde hajam pedras;
  • Procure sempre locais sinalizados e de preferência onde haja a presença de guarda-vidas
  • Combinação de álcool e água? Nem pensar!
  • Não faça refeições pesadas antes de entrar na água;
  • Identifique as crianças com pulseiras que tenham dados como nome e telefone (em São Paulo, essas pulseiras podem ser encontradas com os guarda-vidas);
  • Lembre-se de se proteger do sol. Crianças são as principais vítimas de insolação.
  • Respeite seus limites e evite riscos desnecessários;
  • Caso você esteja nadando e não der mais pé, não entre em pânico. Nade lateralmente e peça ajuda. Tente boiar, se conseguir.
  • Se for mergulhar, procure conhecer o local, como a profundidade, se há correntes submersas e pedras, etc.
  • Evite nadar ou brincar próximo às embarcações
  • E lembre-se sempre do ditado: água no umbigo, sinal de perigo!
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Fonte: Seção de Educação Pública do Corpo de Bombeiros de São Paulo.

Marcio Rogério Renzo é fisioterapeuta e capitão do Corpo de Bombeiros

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