As empresas de tecnologia de beleza, as beautytechs, estão aproveitando a tecnologia para fornecer aos consumidores soluções e tratamentos personalizados de beleza. É uma revolução para a saúde.
Um exemplo de empresa de tecnologia aplicada ao campo da beleza e do autocuidado é a americana Curology, que usa uma combinação de inteligência artificial e dermatologistas humanos para criar prescrições personalizadas de cuidados com a pele, baseada nas preocupações específicas de cada paciente.
Os usuários preenchem um questionário e fazem upload de fotos da sua pele. Um dermatologista licenciado analisa as informações e, a partir disso, cria uma fórmula personalizada que é enviada diretamente ao cliente.
As beautytechs também estão utilizando realidade virtual e tecnologia de realidade aumentada para fornecer aos consumidores consultas virtuais e tratamentos em casa. Para ter ideia, a plataforma de realidade virtual da L’Oreal, a ModiFace, permite que os usuários experimentem diferentes looks de maquiagem e recebam recomendações personalizadas para usar batom, blush, sombra e afins.
Além disso, startups de perfumaria estão usando a tecnologia para facilitar o processo de encontrar e experimentar novas fragrâncias. A brasileira Amyi, por exemplo, usa um questionário para ajudar os clientes a encontrar a fragrância perfeita.
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Ao responder a uma série de perguntas sobre suas preferências, os usuários são direcionados aos perfumes que melhor se adaptam ao seu gosto, e podem adquirir um kit para experimentá-los.
O uso da tecnologia nessa indústria não apenas contribui com o acesso dos consumidores a soluções e tratamentos personalizados como também ajuda a reduzir o custo de produtos e tratamentos para a pele.
Sem contar que ajuda as pessoas que vivem em áreas rurais (ou com problemas de mobilidade) a acessar os mesmos serviços encontrados em áreas urbanas.
Dados e análises são fundamentais para entender melhor as necessidades e preferências dos consumidores, que, por sua vez, têm acesso a produtos e tratamentos mais eficazes.
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É importante observar que, embora essas empresas estejam avançando para melhorar os cuidados pessoais, elas devem ser usadas como complemento ao tratamento médico profissional, e não como substitutas.
Carlos Zago é CEO da MKM Biotech, empresa de investimentos em venture sciences e biotecnologia, dedicada auxiliar negócios que promovam a saúde