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Água contaminada de enchentes causa doenças sérias, mas há alternativas

Especialista fala da urgência da implementação de medidas preventivas para não expor as pessoas a vírus, bactérias e metais pesados

Por Maria Helena Cursino, engenheira química e cofundadora da PWTech*
19 jan 2022, 10h28
saneamento básico
Diarreia, náuseas, mal-estar, febre alta e calafrios são os sinais comuns de doenças como leptospirose, hepatite A, diarreia bacteriana e febre tifoide (Foto: Misbahul Aulia/Unsplash/Divulgação)
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As fortes chuvas que estão atingindo o país desde dezembro provocaram enchentes em 11 estados brasileiros, sendo que a situação mais crítica é na Bahia.

Devido às tempestades, milhares de famílias ficaram isoladas e sem acesso à água potável para necessidades básicas, como beber, tomar banho e cozinhar.

A situação é preocupante, já que expõe crianças e adultos a vírus, bactérias e metais pesados causadores de graves problemas à saúde que, inclusive, podem levar à morte.

Diarreia, náuseas, mal-estar, febre alta e calafrios são os sinais comuns de quadros virais. E eles não podem ser ignorados, já que também são sintomas de leptospirose, hepatite A, diarreia bacteriana e febre tifoide.

Anualmente, essas doenças levam 15 mil pessoas à morte no Brasil, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

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No atual cenário, o que mais me preocupa é o alto risco de que essas estatísticas avancem nas próximas semanas caso não haja a implementação de medidas preventivas emergenciais por parte das autoridades.

O que pode ser feito

É fundamental, por exemplo, garantir o reforço de insumos e equipes de saúde primária nos locais identificados como pontos críticos de alagamentos.

Além disso, vale ressaltar que, em desastres naturais, é essencial agir rápido para prevenir a contaminação em si.

Especialmente em caso de enchentes e alagamentos, como ocorre nos quatro cantos do Brasil neste momento, a solução deve ser um sistema de filtragem prático, eficiente, de baixo custo, fácil de ser transportado e que atenda às Diretrizes Nacionais de Vigilância em Saúde.

LEIA TAMBÉM: Enchente aumenta risco de várias doenças

Nesse sentido, a tecnologia deve ser considerada uma grande aliada. Isso porque já existem purificadores no mercado que preenchem todos os pré-requisitos elencados e são capazes de purificar até 5 mil litros de água contaminada por dia.

Com o recurso, como é o caso do PW5660, que criamos na PWTech, é possível atender até 100 pessoas – considerando que cada uma utiliza, em média, cerca de 50 litros ao dia para beber, tomar banho, cozinhar, entre outras coisas.

Em um momento tão delicado, as autoridades governamentais precisam ter em mente que a união de forças com iniciativas privadas é extremamente eficaz e pode evitar ainda mais fatalidades por conta de saneamento precário.

Essas alternativas já estão prontas e podem ser rapidamente implementadas para ajudar a população.

*Maria Helena é engenheira química e cofundadora da PWTech, startup brasileira voltada para purificação de água contaminada

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