Clique e Assine VEJA SAÚDE por R$ 9,90/mês
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

A saúde mental importa no tratamento das doenças reumáticas

Um reumatologista e um psiquiatra explicam por que cuidar do bem-estar mental é fundamental diante de problemas como artrite reumatoide e fibromialgia

Por Daniel Feldman Pollak, reumatologista, e Ricardo Jonathan Feldman, psiquiatra*
Atualizado em 25 abr 2023, 11h40 - Publicado em 15 dez 2021, 10h35
reumatismo
Entre 15 e 45% das pessoas com doenças reumáticas sofrem com transtornos mentais.  (Ilustração: Veja Saúde/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

Nada mais apropriado nestes tempos difíceis de pandemia da Covid-19 do que discutir a saúde mental e, especialmente, sua relação com as doenças reumáticas − grupo que reúne artrose, artrite reumatoide, fibromialgia, entre outras condições. É importante entender como uma influencia a outra e de que forma podemos oferecer o melhor cuidado a quem convive com esses problemas.

A saúde mental pode ser definida como a sensação de bem-estar que decorre do equilíbrio positivo entre emoções e um convívio social produtivo e gratificante. Não quer dizer ausência de doença, pois estas, se bem tratadas, deixam de interferir na qualidade de vida da pessoa. O bem-estar mental tem a ver, portanto, com a capacidade individual de lidar com os problemas físicos e emocionais de maneira adequada.

O reumatismo é um conjunto de mais de 120 enfermidades que acometem as pessoas em qualquer idade. De natureza crônica e sem cura, podem atingir qualquer articulação ou órgão do corpo, trazendo, na imensa maioria das vezes, dor, incapacidade funcional e diminuição da qualidade de vida. No entanto, com o tratamento apropriado, essas repercussões podem ser controladas.

+ LEIA TAMBÉM: Você sabe mesmo quais são as doenças reumáticas?

É claro que o diagnóstico de uma doença com tais características traz um impacto importante no equilíbrio emocional e social do indivíduo.

Saber que será necessário adequar seu modo de vida à nova realidade de conviver com uma doença crônica trará consequências no âmbito psicológico. Haverá necessidade de lançar mão de uma série de mecanismos internos (forças da própria pessoa) e externos (tratamento médico e suporte social) para reagir ao desafio.

Continua após a publicidade

Sabe-se que o desequilíbrio mental pode ser o gatilho para o aparecimento de doenças físicas ou da piora das mesmas. Falamos aqui de diabetes, hipertensão… E as doenças reumáticas não são exceção.

Estudos mostram que entre 15% e 45% dos pacientes reumáticos sofrem com algum tipo de transtorno mental, especialmente ansiedade e depressão. Além disso, a descoberta dessas doenças pode gerar distúrbios emocionais e alterações de comportamento antes não existentes.

+ LEIA TAMBÉM: Demora no diagnóstico de artrite reumatoide afeta a qualidade de vida

Como e por que essas associações acontecem? Provavelmente porque os nossos sistemas imunológico, nervoso e endocrinológico formam uma rede na qual todos conversam entre si. Quando uma das partes falha, há grandes chances de outra também falhar. O delicado fio que segura o bom funcionamento do “todo” é o equilíbrio biopsicossocial.

Continua após a publicidade

Ao longo de muitos anos acompanhando pacientes reumáticos, fica claro que não existe uma dualidade entre corpo-mente e mente-corpo. O paciente é um só e, apenas e tão somente reconhecendo isso, é que poderemos ajudá-lo a ter qualidade de vida. Assim, o tratamento deve passar, obrigatoriamente, pelos cuidados com a saúde mental.

O tripé formado por reumatologista, psiquiatra e psicólogo, além do suporte social e familiar, é a maneira mais adequada de proporcionar ao paciente aquilo que ele de fato merece: a melhora do seu estado físico e mental.

* Daniel Feldman Pollak é reumatologista, ex-presidente e membro da Sociedade Paulista de Reumatologia; Ricardo Jonathan Feldman é psiquiatra e médico do Hospital Israelita Albert Einstein (SP)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.