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O cirurgião e presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein levanta e debate as tendências e os desafios que interferem em nosso dia a dia e na saúde pública do país
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Como enfrentar o calorão?

Segundo meteorologistas, ainda teremos muitos dias com temperaturas acima do normal, que costumam impactar o bem-estar. Mas cuidados simples podem ajudar

Por Sidney Klajner
20 jan 2024, 09h50
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  • Férias, praia, piscina, mais atividades ao ar livre com familiares e amigos. Para muitos, o verão é a melhor estação do ano. Mas este verão promete continuar com dias de temperaturas bastante elevadas, ultrapassando os 40 graus e com sensação térmica superior a 50 em algumas localidades. Como aproveitar a temporada sem abrir mão da saúde e do bem-estar? De forma geral, bastam alguns cuidados bem simples.

    Um dos principais problemas associados ao calor excessivo é a desidratação. Portanto, a não ser para pessoas com restrição hídrica (como os portadores de doença renal crônica e insuficiência cardíaca), a regra é beber água. A indicação de volume varia de acordo com as características e atividades do indivíduo, mas costuma girar em torno de 2 litros a 2,5 litros por dia

    O doutor Rafael Ornelas, médico da família e comunidade do Einstein, costuma resumir a orientação da seguinte forma: “Não precisa esperar sentir sede. É fundamental hidratar-se”. Assim, aquele hábito de levar uma garrafinha de água para onde for se torna especialmente precioso nesta época do ano. 

    Outra recomendação é evitar a exposição ao calor em excesso, principalmente entre as 10 e as 15 horas. Como nem sempre isso é possível, o jeito é proteger-se usando chapéu ou boné, roupas leves que “respiram” – e, se tiver a opção, escolher o lado do caminho com mais sombra. 

    +Leia também: Calor, sim. Diarreia, não!

    Para lidar com o estresse fisiológico relacionado ao calor, o corpo aumenta a sudorese, a frequência cardíaca e respiratória. Sem hidratação e cuidados adequados, isso pode levar a quadros graves até para quem não tem problemas de saúde preexistentes. 

    Mas, como observa o doutor Ornelas, o risco das altas temperaturas é maior para pessoas que já têm comorbidades, como alguma doença cardíaca ou pulmonar.

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    Os extremos de idade também exigem atenção especial. Os idosos (principalmente acima de 75 anos), porque já têm o organismo mais fragilizado e podem conviver com uma ou mais doenças crônicas. 

    As crianças, porque não costumam perceber o calor excessivo, nem reclamar de sede ou interromper a brincadeira para beber água com frequência. E os bebês, porque ainda não sabem falar e, portanto, não conseguem dizer “estou com muito calor, preciso de uma roupa mais leve”.

    Se a ingestão de água e de líquidos, como isotônicos e água de coco, joga a favor da saúde e do bem-estar para enfrentar as altas temperaturas, o consumo de outras substâncias têm efeito contrário. Estou falando de café, energéticos e bebidas alcoólicas, que aceleram o ritmo respiratório e cardíaco.

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    Quanto à alimentação, a dica é optar por produtos frescos, leves e naturais, que não sobrecarregam o sistema digestivo.

    Uma sensação térmica elevada também pode ser inimiga de uma boa noite de sono. Felizmente, o ar-condicionado ou o ventilador ajudam bastante nesse sentido.

    Também é importante deixar o quarto bem ventilado e a cama livre de colchas, cobertores e roupas pesadas, que impeçam o corpo de dissipar seu calor no ambiente. 

    Nos dias e noites mais quentes, um banho com água mais fria ou a colocação de toalha umedecida no pescoço ou nas axilas também traz algum alívio.

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    Para a maioria das pessoas, essas providências ajudam a lidar com a situação. Mas é importante ficar atento a sintomas como tontura, sensação de desmaio, dor de cabeça atípica, sede excessiva e suor exagerado. 

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    Se eles persistirem mesmo depois de ter bebido bastante água e buscado mitigar o calor do corpo, a recomendação é buscar uma avaliação médica. 

    Cuidar da saúde e do bem-estar é fundamental em todas as estações do ano. E, no verão, a fórmula “sombra e água fresca” costuma ser uma boa aliada. 

    Aliás, segundo o doutor Ornelas, a expressão ideal seria invertida, com a água fresca (e bastante) em primeiro lugar, porque é mais importante que a sombra. 

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