Tontura, suor frio, mal-estar, dor de cabeça e até desmaio são sintomas comuns de uma queda abrupta de pressão. E, durante a crise, muita gente apela para uma pitada de sal embaixo da língua, tentando resolver o problema. Mas essa conduta é realmente eficaz? É o que pergunta nosso leitor Guga Morais.
Segundo o cardiologista Bernardo Noya, do Hospital do Coração (HCor), não. Esse mito possivelmente está associado à recomendação para que hipertensos evitem o consumo de sal. Ora, se gente com pressão alta precisa maneirar no sal, quem sofre com pressão baixa deveria fazer o inverso.
Mas o médico explica que esse ingrediente tem uma absorção lenta: sua ação efetiva sobre a pressão é gradual e demorada. Sendo assim, não adianta correr para o saleiro.
Então como controlar rapidamente o quadro? Marcelo Franken, gerente médico de cardiologia do Hospital Israelita Albert Einstein, afirma que o jeito é se hidratar.
Explica-se: a queda de pressão surge quando o volume de sangue no interior das artérias diminui. Nesse contexto, o coração não consegue bombeá-lo para o corpo todo. Já quando o organismo está abastecido de líquidos, o sangue circula com maior facilidade.
“O ideal é ingerir líquidos como água, isotônicos e água de coco”, indica Franken.
Outra ação recomendada é deitar-se com as pernas elevadas. “Essa postura melhora o fluxo de sangue para o coração e o cérebro, ajudando a amenizar a sensação de tontura”, esclarece Franken.
Todo mundo pode passar mal com pressão baixa, mas fique de olho!
Como em geral está associada à desidratação, a queda da pressão repentina não é um fenômeno raro, principalmente em dias quentes ou ao fazer uma atividade física intensa sem a reposição adequada de líquidos.
Entretanto, vale prestar atenção à frequência desses episódios e às situações em que ocorrem. Se forem persistentes, procure um médico para avaliar e investigar as causas. Até porque desmaios e vertigem podem sinalizar uma doença, ou serem resultado do uso de certos remédios.