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Comer é muito mais do que ingerir nutrientes. Na receita de uma alimentação equilibrada, também há ingredientes comportamentais, emocionais, culturais e ambientais, como mostra a nutricionista Lara Natacci
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O desafio de comer com saúde diante de alimentos cada vez mais caros

A inflação sobre os alimentos impôs dificuldades adicionais na busca por uma dieta saudável. Mas há como compor pratos equilibrados

Por Lara Natacci
14 jul 2022, 09h54
foto de prato com arroz, feijão, bife e salada
Mudar a alimentação envolve autoconhecimento, disciplina e abandono de algumas concepções equivocadas e disseminadas por aí.  (Foto: Veja Saúde/SAÚDE é Vital)
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Abastecer nossa geladeira ou despensa tem sido uma tarefa difícil nos últimos tempos! Com alimentos cada vez mais caros, precisamos pensar em opções nutritivas, mas também acessíveis na hora de planejar nosso cardápio.

A primeira tarefa é pesquisar qual alimento está na safra. Durante a época de plantação, o preço fica mais barato, porque não há tanta interferência humana nem de defensivos químicos, já que as condições naturais são mais favoráveis para a produção. Consequentemente, os custos caem. Outra vantagem dessa tática é obter hortaliças mais saborosas e nutritivas, devido ao melhor aproveitamento das condições climáticas e do solo. 

Também é interessante pesquisar preços por grupos alimentares. Pense em fontes de carboidratos, de proteínas, vitaminas, minerais, fibras e gorduras boas – e tenha opções para cada um desses grupos.  Assim montamos um prato nutritivo com um custo-benefício mais favorável. 

+Leia também: Vegetarianismo e veganismo: como equilibrar a alimentação

Fiz uma pequena pesquisa nos mercados de São Paulo para verificar valores de alguns alimentos e criar cardápios nutritivos e menos caros. Eis os produtos que pesquisei:

Alimentos fonte de carboidratos

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Fonte de proteínas

  • Coxa de frango 
  • Frango a passarinho 
  • Ovo, bandeja com 20 unidades 
  • Feijão preto 

Hortaliças e verduras

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  • Cenoura 
  • Cebola 
  • Brócolis 
  • Abóbora japonesa 
  • Chuchu 
  • Couve manteiga 

Frutas

  • Melão 
  • Mexerica ponkan 
  • Banana 
  • Abacaxi 

A partir disso, criei opções de combinações de uma refeição mais acessível: 

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1) Arroz branco + feijão preto + ovo + couve manteiga + chuchu + mexerica 

2) Batata doce + coxa de frango + cebola + abóbora japonesa + manga 

3) Cará + frango a passarinho + brócolis + cenoura + banana 

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A quantidade de comida que preparamos e comemos também influencia na economia. Fazer comida a mais do que o planejado, ou encher um prato e acabar não comendo tudo é sinônimo de desperdício alimentar e financeiro. 

O reaproveitamento também é necessário. Quando cozinhamos, normalmente não usamos todas as partes do alimento na mesma preparação. Então aqui vão dicas para aproveitar as sobras:

  •  Com cascas de verduras e legumes você consegue fazer um caldo, que pode ser utilizado posteriormente em outras preparações
  • É possível torrar as sementes para usá-las em granolas ou saladas. Ou para fazer pães e farinha
  • As cascas de frutas podem ser usadas em chás, sucos e geleias

E mais algumas estratégias:

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  • Faça uma lista de compras com antecedência. Confira tudo o que tem em sua casa para anotar apenas o que realmente falta 
  • Compare preços. Uma pesquisa prévia ajuda a encontrar os valores menores nos diversos supermercados. A internet ou os aplicativos podem ajudar
  • Vá ao supermercado com tempo. Aí você consegue comparar diversas marcas
  • Não vá ao supermercado com fome. Pesquisas mostram que, quando estamos famintos, a tendência é comprarmos itens desnecessários. Geralmente, adquirimos alimentos que estamos desejando no momento, em geral mais calóricos
  • Planeje suas refeições da semana. Isso é essencial para evitar gastos supérfluos e desperdícios. Dessa forma, você não gasta mais dinheiro do que o necessário e evita que itens comprados estraguem

Bom apetite, com economia!

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