Precisamos discutir e expandir nosso ecossistema de saúde digital
Médico curador do Global Summit, evento que debate o futuro da medicina, aponta o que está em jogo na discussão atual sobre saúde digital
A pandemia que nos atinge há quase dois anos trouxe consigo novas e importantes experiências com a telemedicina, a telessaúde e a saúde digital. A evolução dos recursos tecnológicos integrados à assistência à saúde continua impulsionando mudanças nesse ecossistema, permitindo maior acessibilidade e qualidade aos serviços, sem perder de vista a segurança necessária para seu uso.
Antevendo esse cenário, há três anos a Associação Paulista de Medicina (APM), em parceria com o Transamerica Expo Center, criou, quebrando alguns paradigmas, o Global Summit Telemedicine & Digital Health, com o propósito de contribuir para o desenvolvimento do ecossistema de saúde digital no país, envolvendo todos os players e levando conhecimento, experiências e visões sobre o futuro da medicina.
O impacto da primeira edição desse evento, em 2019, foi tão expressivo que ganhou a atenção de diversos setores: academia, indústria, organizações, empresas, sociedades profissionais e empreendedores, referenciando o Global Summit como a iniciativa do gênero mais importante na América Latina.
Em 2020, a segunda edição foi realizada no formato digital, em face à pandemia de Covid-19, e reuniu mais 1 500 congressistas, 111 palestrantes nacionais e internacionais, em mais de 60 horas de conteúdos durante quatro dias.
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A terceira edição, que acontece agora, vem com a proposta de ampliar ainda mais o conhecimento e os debates sobre as tendências e a evolução da medicina e da tecnologia. Atuando como um catalisador e envolvendo todo o ecossistema de saúde digital, o Global Summit não é apenas um evento, mas uma oportunidade de discutir, propagar e descobrir novos horizontes para a saúde.
Com o tema “Transformação digital a serviço da vida”, a edição de 2021 duplicou sua programação científica, trazendo 20 conferências internacionais e 36 painéis nacionais, proporcionado um encontro com os cerca de 200 palestrantes e outros players e especialistas do setor. A ideia é compartilhar, por meio de uma plataforma exclusiva, ideias, experimentos e estudos sobre o elo cada vez mais decisivo entre tecnologia e saúde.
O evento também oferece a oportunidade de usar um ambiente virtual para aproximar empresas e startups com outros atores do mercado nacional e internacional, abrindo portas para projetos, relacionamentos e novos negócios. Afinal, o Global Summit conta com o apoio das mais importantes entidades da área, como American Telemedicine Association (ATA), International Society for Telemedicine & eHealth (ISfTeH) e European Connected Health Alliance (ECHAlliance), dos governos de Israel e Reino Unido e de mais de 20 instituições nacionais.
As inovações tecnológicas trazem enormes ganhos e desafios aos profissionais, sistemas e serviços de saúde. Ter acesso a esse campo e discutir suas práticas é essencial, sobretudo após a pandemia. Telemedicina, diagnóstico remoto, inteligência artificial, big data… Precisamos trocar ideias e aprendizados sobre o presente e o futuro da medicina e a construção de uma saúde cada vez mais digital e capaz de atender às necessidades das pessoas no novo mundo em que estamos vivendo.
* Jefferson Gomes Fernandes é neurologista e presidente do Conselho Científico do Global Summit Telemedicine & Digital Health