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Você pode (ou melhor, deve) se preparar para um envelhecimento saudável. A geriatra Maisa Kairalla, da Universidade Federal de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, ensina como
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Por que as vacinas são essenciais no processo de envelhecimento?

A campanha de vacinação da gripe e a de Covid-19 estão aí. Mas os idosos não devem se imunizar apenas contra essas doenças

Por Maisa Kairalla
Atualizado em 12 abr 2021, 09h30 - Publicado em 9 abr 2021, 13h10
dose de reforço da vacina
Terceira dose é recomendada para idosos e imunossuprimidos. (Foto: CDC/Unsplash/Divulgação)
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Iniciaremos no dia 12 de abril a campanha de vacinação contra a gripe. E em 2021 teremos um desafio especial pela frente: organizar simultaneamente duas grandiosas ações de imunização, a da influenza e a da Covid-19.

Em primeiro lugar, é importante salientar aos idosos que deve haver um intervalo de 14 dias entre a tomada dessas duas vacinas. A recomendação é de que todos eles devem ser imunizados, salvo alguma exceção de caráter médico.

A vacinação da população acima de 60 anos contra diferentes infecções é fundamental, sobretudo em épocas como essa, mais próximas do inverno. Ora, as baixas temperaturas podem tornar o idoso ainda mais suscetível a uma gripe ou mesmo uma pneumonia.

Apesar disso, no Brasil tem sido baixa a adesão desse grupo às campanhas de imunização. Há ainda quem acredite que a vacina seja apenas uma demanda da infância. Não se engane: essa é uma ferramenta de proteção tão importante para idosos quanto para recém-nascidos.

Uma das maiores conquistas da humanidade é a vacina. Graças a essa estratégia, a longevidade se tornou uma realidade possível a muito mais gente.

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Se voltarmos no tempo, há aproximadamente 150 anos, envelhecer era raridade. A expectativa de vida girava em torno de 30 a 40 anos de idade. Se não se morriam por varíola, pólio ou sarampo, crianças que sobreviviam a uma infecção costumeiramente apresentavam sequelas que as quais as acompanhavam por toda a vida.

Esse cenário mudou drasticamente nesse século. Podemos observar pessoas tornando-se longevas, alcançando seus 80, 90, 100 anos. Com o advento da vacina, ganhamos tempo de vida e, finalmente, o envelhecer pôde se tornar um dos nossos propósitos.

Ferramenta essencial na promoção da saúde pública tanto para os idosos quanto para crianças, a vacina ainda erradicou doenças infectocontagiosas perigosíssimas, como a varíola.

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Portanto, se você quer chegar bem aos 60+ e manter a qualidade de vida no decorrer da sua velhice, saiba que manter a carteira vacinal em dia deverá estar entre as suas prioridades. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) recomendam as seguintes vacinas aos idosos, além da Covid-19:

  • Influenza (gripe)
  • Pneumocócicas (VPC13) e (VPP23)
  • Herpes zóster
  • Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (difteria, tétano e coqueluche) – dTpa ou dTpa-VIPDupla adulto (difteria e tétano) – dT
  • Hepatites A e B
  • Febre amarela
  • Meningocócicas conjugadas ACWY/C
  • Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)

Inclusive, mesmo que você já tenha sido imunizado quando criança ou na idade adulta, é recomendado se vacinar a partir dos 60 anos de idade. Com o processo de envelhecimento, o organismo pode apresentar uma baixa no sistema imunológico, responsável por enfrentar infecções e outras doenças. Receber doses de vacina nessa fase da vida ajuda a manter nossas defesas espertas contra vírus, bactérias e afins.

E tem mais um ponto essencial: a vacinação proporciona proteção não só para o imunizado, mas também para aqueles com os quais ele terá contato. Pense nisso!

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