Chá de moringa: quais são os benefícios e as contraindicações?
Também conhecida como acácia-branca, a planta reúne um combo de nutrientes. Mas há ponderações quanto ao seu uso
E se um superalimento estivesse dando sopa – ou melhor, chá – por aí? Pois a planta moringa oleífera, comum em áreas urbanas no Brasil, reuniria todos os predicados nutricionais para conquistar esse título. Rica em cálcio, ferro, potássio e vitaminas A e C, ela é frequentemente comparada a alimentos como leite, espinafre, banana, laranja… A pedido da leitora Maria de Lourdes Oliveira, investigamos suas contribuições à saúde e descobrimos: nem tudo são flores.
De fato, as folhas da moringa ofertam doses generosas de nutrientes importantes. Só que muitos especialistas defendem que o cálcio, por exemplo, é melhor absorvido pelo organismo quando ingerimos produtos de origem animal. Mesmo assim, a quantidade do mineral presente na planta não é desprezível. Por isso, especialmente durante uma gestação ou em casos de problemas nos rins, vale procurar orientação profissional antes de consumir a bebida ou farinhas à base da moringa. É que o acúmulo de cálcio pode contribuir para os dolorosos cálculos renais.
“O destaque fica mesmo por conta de seu combo de fitoquímicos, formado por substâncias muito bem-vindas na prevenção e no tratamento complementar de inflamações e de doenças crônicas ou autoimunes”, analisa a nutricionista Vanderlí Marchiori, presidente da Associação Paulista de Fitoterapia.
Mas, em caso de exageros, os ganhos vão por água abaixo. “Em excesso, agentes antioxidantes têm efeito contrário no fígado, ocasionando lesões”, alerta Vanderlí. “O ideal é tomar de 500 mililitros a um litro do chá por dia, no máximo”, completa a expert.
Quanto ao preparo, é semelhante ao de outras infusões: uma colher (sopa) da planta seca para um litro de água. Em seguida, é só ferver por até cinco minutos e deixar esfriar um pouco antes de beber.