Dia das Mães: Assine a partir de 10,99/mês

Vacina brasileira contra a dengue entra em fase final de testes

Opção nacional contra a doença entra na última etapa de estudos. Se der tudo certo, ela deve ser aprovada dentro de dois ou três anos

Por André Biernath
Atualizado em 28 out 2016, 20h34 - Publicado em 22 fev 2016, 09h55
Luiz Carlos Lhacer
Luiz Carlos Lhacer (/)
Continua após publicidade

O Instituto Butantan, em São Paulo, anunciou que irá começar hoje (22 de fevereiro) a terceira e última fase de testes de sua vacina contra a dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O objetivo dos cientistas é imunizar cerca de 17 mil voluntários nos próximos meses. O evento de lançamento da nova etapa de pesquisa será realizado no Centro de Convenções Rebouças, na zona Oeste da capital paulista, e contará com a participação da presidenta Dilma Rousseff, do governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do secretário de Estado da Saúde, David Uip.

Nas primeiras semanas de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a primeira vacina da dengue, produzida pela farmacêutica Sanofi Pasteur. A fórmula do laboratório francês foi testada em mais de 40 mil pessoas espalhadas por 15 países do globo e teve uma eficácia de 66% em voluntários com mais de 9 anos de idade. O esquema de vacinação exige três doses, com um intervalo de seis meses entre elas.  

A versão desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos passou recentemente pela fase 2 de estudos, em que são avaliadas a segurança, a dosagem correta e a eficácia do produto. Os resultados mostraram que os participantes conseguiram produzir os anticorpos necessários para inibir a infecção após uma única dose do imunizante. 

Diferentemente do imunizante da Sanofi, que trabalha com partículas virais da febre amarela, a opção 100% nacional utiliza o próprio vírus atenuado da dengue. Eles são enfraquecidos no laboratório, a ponto de permitir que o organismo desenvolva uma resposta imunológica ante os quatro subtipos da doença.

Além de Sanofi Pasteur e Instituto Butantan, outras empresas também correm para lançar suas versões do imunizante. É o caso das farmacêuticas Takeda, GSK e Merck. Segundo o site ClinicalTrials.gov, do governo dos Estados Unidos, 82 pesquisas com novas vacinas para a dengue estão em andamento. 

Continua após a publicidade

Por mais que as vacinas representem um marco importante na luta contra a infecção, os especialistas não acreditam que ela será a solução final para a dengue. Não devemos arrefecer em nenhuma das medidas tradicionais contra o vetor, o mosquito Aedes aegypti. As atitudes envolvem eliminar os pontos em que o inseto deposita seus ovos e as larvas se desenvolvem. Vale retirar os pratinhos das plantas, virar as garrafas no quintal, não descuidar dos pneus… Todo cuidado é pouco! Até uma tampinha de garrafa cheia d’água pode servir de criadouro para o inseto — que, além de transmitir a dengue, também está por trás da febre chikungunya e do zika

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.