Maconha, cocaína e ecstasy, nessa ordem, estão entre as substâncias mais usadas pelos brasileiros, de acordo com o mapeamento feito pela Liga de Neurologia e Neurocirurgia Funcional da Paraíba e apresentado no Congresso Brain 2018.
Os dados foram coletados a partir do Sistema Único de Saúde e do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes, com informações de 2005 a 2015, e mostram que o número de adictos é expressivo sobretudo entre os jovens: 17,9%, contra 7,2% da população em geral.
“Menores de 21 anos são mais vulneráveis, porque o lobo frontal cerebral, responsável pelo comportamento, ainda não está suficientemente maduro”, analisa o pesquisador Victor Ribeiro Xavier Costa, da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba e um dos autores do trabalho.
“E não adianta só focar em coibir a droga. É preciso atuar no entorno social dessas pessoas”, opina.
Proteção versus risco
O Relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes listou os principais fatores que determinam maior ou menor vulnerabilidade ao vício. Veja quais são eles:
Os escudos
- Envolvimento dos responsáveis e monitoramento
- Inclusão social
- Viver em lugares seguros
- Ambiente escolar de qualidade
- Desenvolvimento neurológico (resiliência e controle emocional)
As ameaças
- Traumas e adversidades na infância (abuso e negligência)
- Distúrbios mentais
- Pobreza
- Disponibilidade de drogas e uso por colegas
- Busca por novas sensações