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Produtos importantes para ter em casa em tempos de coronavírus

Preciso comprar termômetro? E um oxímetro? Quais produtos de limpeza matam o novo coronavírus? Saiba o que é válido adquirir para se proteger da Covid-19

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 24 nov 2020, 16h32 - Publicado em 13 jul 2020, 18h43
oximetro para evitar coronavirus
Produtos de limpeza estão dentro do "kit de sobrevivência" contra o coronavírus. (Ilustrações: Jonatan Sarmento/SAÚDE é Vital)
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Quando o novo coronavírus (Sars-CoV-2) chegou ao Brasil, as pessoas correram aos supermercados para comprar papel higiênico e estocá-lo. Mas se essa atitude faz pouquíssimo sentido, por outro lado há produtos que podem ajudar você a evitar a Covid-19 ou a detectar sua piora.

Montamos uma lista — que vai de oxímetro até água sanitária — para manter você seguro. Mas, claro, sempre é bom conversar com profissionais de saúde para resolver dúvidas e ver o que é melhor para a sua família especificamente.

Para monitorar as condições de saúde

Aqui, são importantes o termômetro (clique para comprar) e o oxímetro. O primeiro serve para verificar se o indivíduo está com febre, um dos sintomas mais comuns do novo coronavírus. Acompanhar a evolução da temperatura, eventualmente com supervisão médica, também ajuda a verificar se a doença está bem controlada.

E o oxímetro? Trata-se de um aparelhinho que é colocado no dedo para checar a oxigenação do sangue. Isso porque, em alguns casos, a Covid-19 reduz a concentração de O2 em circulação sem manifestar muita falta de ar — quadro chamado de hipóxia silenciosa.

Esse fenômeno costuma acontecer entre o quinto e o nono dia do início dos sintomas (febre, tosse, coriza, mal-estar etc). E é detectável com oxímetro.

A saturação normal do oxigênio fica de 95% para cima. Quando cai para baixo disso, é sinal de problema. Se for o caso, o preconizado é entrar em contato com um especialista. Ele poderá pedir mais exames e adotar medidas que minimizem o risco de agravamento do quadro.

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Durante uma coletiva de imprensa no dia 13 de julho, o médico Clóvis Arns, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), disse: “Eu recomendo que pessoas que manifestem sintomas suspeitos de coronavírus usem um oxímetro para acompanhar a oxigenação do sangue”.

Aliás, a SBI está iniciando a campanha Alert(ar), em que pretende distribuir oxímetros em comunidades carentes, para que agentes locais façam medições na população. O projeto é uma parceria com o Instituto Estáter.

O infectologista Leandro Weissmann, do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, lembra que, para pessoas com hipertensão, comprar um esfigmomanômetro para ter em casa é especialmente bem-vindo durante a pandemia. “O equipamento é usado para medir a pressão arterial. Com ele em casa, não é necessário ir até farmácias ou postos de saúde”, afirma.

Isso é importante, porque hipertensos integram o grupo de risco para o novo coronavírus. E, se a pressão estiver descontrolada, há indícios de que a probabilidade de agravamento da infecção é maior.

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“Observe se os aparelhos têm selo do Inmetro e registro na Anvisa. São critérios para confirmar sua confiabilidade”, orienta Weissman, que também é consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Para prevenir a infecção por coronavírus

Não custa relembrar: lavar constantemente as mãos e manter o distanciamento social são as medidas mais defendidas pelos experts para frear a transmissão da Covid-19. Ainda assim, outro item tem ganhado destaque: as máscaras.

Se você não está com os sintomas, vale comprar versões de pano ou fazer a sua. O importante é que ela tenha pelo menos duas camadas de tecido. “O ideal é deixar a cirúrgica aos profissionais da saúde e pacientes com suspeita da doença”, aponta o Weissman. Isso para garantir os estoques a quem mais necessita.

Ah, e tem também o álcool em gel. Adquirir potes dele é bom para aqueles momentos em que não há água e sabão à disposição. Só se certifique de que o rótulo aponta “álcool em gel 70%”

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“Ele também precisa ter registro no Ministério da Saúde e na Anvisa, dados completos do fabricante ou importador, instruções de uso, avisos sobre perigos e primeiros socorros e telefone de atendimento ao consumidor”, informa Weissman.

E um alerta: as luvas não são uma ideia boa na maioria dos casos. “Ela dá uma falsa sensação de proteção. Caso a pessoa não esteja atenta, é capaz de contaminar tudo ao redor dela”, alerta o especialista.

Para higienizar a casa e as roupas

“Podem ser usadas água sanitária, sempre diluída, detergentes, desinfetante multiuso ou sabão em pó”, lista o profissional. Todos esses itens dão conta do recado.

Mais uma vez, evite itens de procedência duvidosa. Leia sempre o rótulo e siga as instruções.

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Lembrando que não há nenhuma marca no mercado brasileiro com ação comprovadamente mais potente contra o Sars-CoV-2. No início de junho de 2020, a Justiça suspendeu um lote de sabão em pó da marca Tixan-Ypê por anunciar que ele matava esse vírus sem ter evidências de que era mais eficiente em comparação a outros.

Ou seja, o importante é adquirir itens de fabricantes confiáveis.

E os remédios?

Até o momento, não existe tratamento específico para a Covid-19. Nos quadros graves, são tomadas uma série de medidas nos hospitais, que variam de paciente para paciente. E, nos casos leves, o que se faz é manejar os sintomas e monitorá-los a fim de saber se a doença está evoluindo.

“Nessas situações, é permitida a utilização de medicamentos que aliviam sintomas, como antitérmicos e analgésicos”, afirma Weissman. Só que é bom tomar alguns cuidados. Se você perceber que não está melhorando, procure ajuda médica quanto antes.

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Por fim, caso você já trate algum outro problema de saúde, não deixe que esses remédios fiquem em falta. Só interrompa o uso quando isso for orientado pelo especialista que o acompanha.

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