É uma espécie de jogo de empurra-empurra entre o sangue e as artérias. O líquido vermelho tem que chegar a cada parte do corpo. Para isso, o coração trata de bombeá-lo. Então, para continuar circulando, é preciso que ele exerça uma pressão sobre a parede interna das artérias. Acontece que os vasos oferecem certa resistência a essa passagem. É esse jogo que determina a pressão. Quando tudo funciona bem, parece um encanamento perfeito, e cada célula recebe sua cota de oxigênio e nutrientes.
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Esse passeio dos cerca de 5 litros de sangue que circulam pelo organismo depende também dos rins, do cérebro e de certos hormônios. A sala de comando está na massa cinzenta. Imagine que a central se divide em duas: o sistema nervoso simpático e o parassimpático. O primeiro dá uma acelerada nos batimentos cardíacos. Se estamos deitados e nos levantamos, por exemplo, o normal seria a gravidade derrubar a pressão. Aí, não conseguiríamos parar em pé. Isso não acontece porque o sistema simpático dá uma ordem às glândulas suprarrenais, no topo dos rins: elas devem produzir hormônios que provocam a contração das artérias. Dessa forma, o sangue é direcionado a áreas importantes, como o cérebro, e conseguimos manter o equilíbrio.
Já o parassimpático faz justamente a tarefa oposta. Ele manda, entre outras coisas, baixar o ritmo de batimentos cardíacos e relaxar as artérias. Percebeu que um balanceia o trabalho do outro? O simpático manda as artérias se comprimirem; o parassimpático pede a elas que dilatem. Em princípio, eles se entendem bem e a pressão se mantém regulada.
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