Uma equipe gigantesca de profissionais de saúde conferiu o que as crianças de 2 a 6 anos andavam comendo alguns anos atrás — seja na escola, seja em casa. O megaesforço científico, encabeçado pela Universidade Federal de São Paulo e batizado de Nutri-Brasil Infância, envolveu 400 pesquisadores de 12 instituições e trouxe revelações importantíssimas.
Para começar, descobriu-se que a meninada comia mais do que deveria, o que não é uma boa notícia. Não à toa, um em cada quatro brasileiros menores de 5 anos sofria com excesso de peso.
A equipe também contabilizou os nutrientes que entram no cardápio da garotada e, aí, percebeu que mais de 60% não ingeria quantidades suficientes de cálcio. Além disso, havia deficiências de vitamina D e E, enquanto as pitadas de sal eram bem exageradas.
O desequilíbrio na dieta nos primeiros anos de vida talvez pareça inofensivo, mas representa um risco futuro para problemas sérios como hipertensão, doenças cardiovasculares e osteoporose. Os dados das mais de 3 mil crianças avaliadas ajudaram a traçar estratégias de educação alimentar na infância.
O tamanho e a qualidade do trabalho renderam ao projeto o primeiro lugar na categoria Saúde e Nutrição do Prêmio SAÚDE 2009. Se você é profissional da área e tem uma campanha ou pesquisa que deseja espalhar para o país, inscreva-o no link: https://premiosaude.com.br/inscricao/.