Em evento da Federação das Sociedades Americanas de Biologia Experimental, em Boston, a manga ganhou os holofotes. Um artigo da Universidade do Estado de Oklahoma apresentado na ocasião apontou que, após consumir 10 gramas por dia da versão desidratada, durante 12 semanas, os 20 voluntários obesos viram sua glicemia baixar.
“O efeito pode estar ligado à capacidade antioxidante dos polifenóis do alimento”, arrisca a endocrinologista Maria Edna de Melo, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. A presença dessas substâncias é bem-vinda por barrar o estresse oxidativo, situação que contribui para a resistência à insulina e faz a glicose sobrar no sangue. “Mas é cedo para extrapolar os resultados à população em geral”, analisa Edna.
Pelo menos dá para usar a fruta como aliada no emagrecimento, o que sem dúvida protege contra o diabete. “Ela tem celulose e hemicelulose, fibras insolúveis que favorecem a sensação de saciedade”, afirma a nutricionista Ana Beatriz Barella, da RG Nutri Consultoria Nutricional, na capital paulista.
Ponto para as maduras
De acordo com Ana Beatriz, a manga reúne doses elevadas de carotenoides, substâncias antioxidantes relacionadas à prevenção de câncer e até outros problemas crônicos, como doenças cardiovasculares. “Pesquisas demonstram que os níveis de carotenoides estão mais elevados na fruta madura”, ressalta. Portanto, tenha paciência: nada de comer a manga um pouco verde.