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Como a gente fica de ressaca?

A veisalgia, como ela é conhecida no meio científico, tem como principais sintomas dores de cabeça e pouca tolerância à luz. Entenda o que acontece no corpo após a bebedeira

Por André Biernath
Atualizado em 28 out 2016, 13h03 - Publicado em 10 fev 2016, 09h54
Alex Moreira
Alex Moreira (/)
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Água em falta

O álcool inibe a secreção de hormônios antidiuréticos, como a vasopressina. O sujeito vai várias vezes ao banheiro e perde muito líquido. No outro dia, a boca seca é o sinal mais evidente de um intenso processo de desidratação.

Chabu cerebral

Um dos sintomas mais comuns na recuperação é a dor de cabeça. A ciência não tem explicações definitivas para o incômodo, mas supõe-se que a culpa é dos vasos sanguíneos dilatados, que pressionam a massa cinzenta.

Corpo exausto

A urina leva embora diversos sais minerais essenciais para o funcionamento de todo o organismo. Uma parcela do cansaço e da fadiga vem desse desfalque. Parte da indisposição também é causada pela liberação de citocinas, moléculas do sistema imune que deixariam os músculos extenuados.

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Será frescura?

O álcool invade o cérebro e perturba o trabalho de todos os neurotransmissores. No dia seguinte, as células nervosas ainda não recobraram as energias totalmente. Daí, qualquer estímulo mais forte, como luz e barulho, incomoda.

O injustiçado

O órgão que mais trabalha é o fígado, responsável por metabolizar as moléculas de álcool. Na tentativa de dar conta do serviço, o tecido hepático continua produzindo enzimas mesmo depois do pileque, o que desregula várias funções do corpo.

Sem amarras

A ressaca moral atinge a pessoa embriagada se ela se expôs a situações que não consideraria adequadas em estado sóbrio. Quando o freio comportamental volta a funcionar, só resta lamentar e pedir desculpas. O arrependimento, nesse caso, só mata de vergonha.

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Tudo que desce pode subir

As bebidas irritam a mucosa do estômago e do intestino. A gordura que reveste essas estruturas se dissolve, aumentando a possibilidade de gastrite e úlcera. Horas depois, os sintomas mais comuns são queimação, vômito e diarreia.

Mas, afinal, dá para combater esses sintomas?

Não há nada que seja 100% eficiente contra a ressaca, garantem os especialistas. Entre as atitudes bacanas pré-festa, comer algum prato nutritivo para forrar o estômago e alternar os drinques com bons goles de água ou suco de frutas são uma boa pedida. Depois de entornar o caneco, de nada adianta engolir uma colher de azeite, se esbaldar nos doces e refrigerantes ou recorrer aos remédios. A melhor coisa é evitar a bebida por um tempo e descansar. No final das contas, só há uma maneira de evitar a tal veisalgia: não exagerar.

 

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