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Destaque no último encontro internacional sobre problemas do aparelho digestivo, um experimento capitaneado pelos médicos Dídia Cury, da Clínica Scope, em Campo Grande (MS), e Nestor Schor, da Universidade Federal de São Paulo, indica que as células-tronco têm potencial para enfrentar as doenças inflamatórias intestinais. Os cientistas compararam em ratos o efeito da injeção de células na veia, da aplicação direto no intestino e das drogas mais avançadas para a doença de Crohn. “Notamos que as células-tronco reduzem a inflamação e melhoram a cicatrização no cólon. A vantagem do uso local seria o menor risco de efeitos colaterais”, conta Dídia. Embora a resposta tenha sido similar à dos remédios, acredita-se que o modelo em estudo possa inaugurar uma alternativa no controle da desordem.
Como as células-tronco atuam no intestino grosso
1. No experimento, células-tronco mesenquimais, que têm propriedades anti-inflamatórias, foram extraídas de um osso na perna dos ratos. Depois de manipuladas, foram injetadas no intestino.
2. Essas células-tronco são atraídas por áreas inflamadas. Como o cólon está em polvorosa devido à doença de Crohn, elas migram para a região e inibem a inflamação local. De bônus, aceleram a recuperação do tecido lesionado.