Boné, secador de cabelo e tratamentos químicos são alguns dos fatores que contribuem para intensificar a caspa.
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Por motivos que vão de estresse a banhos com água muito quente, as glândulas sebáceas, localizadas na base do folículo capilar, incham e passam a produzir secreção oleosa em excesso. Essa sobrecarga se acumula no couro cabeludo. Com isso, a divisão celular da epiderme, camada superficial da pele, passa a acontecer em apenas quatro dias (normalmente, o tecido no couro cabeludo é trocado em 28 dias).
Como a epiderme é renovada rapidamente, não há espaço para as células velhas, que precisam sair para dar lugar às novinhas. Assim, as unidades mortas são expulsas em bando e ficam visíveis a olho nu – é a caspa.
Como acabar com ela
Para cortar o mal pela raiz, os principais shampoos anticaspa agem em duas frentes. Os que possuem substâncias adstringentes removem o excesso de óleo na região. Já os antifúngicos, a maioria à base de zinco, combatem a população de Malassezia, fungos que se alimentam de gordura e que encontram no couro cabeludo oleoso o paraíso para se proliferar.
Em casos mais graves, o dermatologista pode indicar loções, remédios de uso oral ou até a fototerapia. E vale lembrar: nunca use fórmulas caseiras. Elas podem agravar o estado do couro cabeludo.
Entre mitos e verdades
Embora não sejam causadores diretos da caspa, certos hábitos contribuem para agravá-la. Confira.
Boné
Não está proibido, mas cobrir a cabeça por horas seguidas estimula a oleosidade no couro cabeludo.
Lavar o cabelo todo dia
O shampoo tira a secreção oleosa além da conta. Portanto, é até importante dar um banho na cabeleira.
Tratamentos químicos
Os produtos utilizados em métodos como a escova progressiva resultam em mais descamação.
Secador
Apesar de ressecar a pele, seu uso constante eleva, mais tarde, a concentração de óleo no couro cabeludo. Quanto mais quente, pior.
Tipo de cabelo
Liso ou cacheado, a aparência do fio nada influencia na produção das glândulas sebáceas.
Fontes: Francisco Le Voci, dermatologista, coordenador do departamento de cabelos e unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia; Valcir Bedin, tricologista de São Paulo; Procter&Gamble