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4 fatos sobre cuidados paliativos

Eles não são sinônimo de falta de esperança — e vem conquistando cada vez mais espaço

Por Karolina Bergamo
Atualizado em 27 out 2016, 19h50 - Publicado em 19 nov 2015, 15h25
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    1.    O que são os cuidados paliativos?
    De acordo com a definição oficial da Organização Mundial da Saúde (OMS), são a assistência prestada por uma equipe multidisciplinar que visa melhorar a qualidade de vida do paciente e de seus familiares diante de uma doença que ameace a vida. Apesar de a palavra “paliativo” estar comumente associada ao fim da vida, o objetivo é tratar uma condição sem cura da maneira mais adequada possível. 

    2.    Por que são importantes?
    Pacientes com doenças sem possibilidade de cura várias vezes recebem uma  assistência inadequada. Insistir em tratamentos agressivos que visam a recuperação completa — mas que nesses casos são simplesmente ineficazes — trazem uma série de efeitos colaterais. E o ponto central dos cuidados paliativos é justamente o inverso. “São medidas ao menos reduzem sintomas como a dor em um cenário que não se pode curar a doença. E isso traz melhora na qualidade de vida”, explica a oncologista e especialista em cuidados paliativos Dalva Matsumoto, diretora do Instituto Paliar, em São Paulo.

    3.    Quando começar?
    “O ideal é que se inicie junto com o tratamento curativo”, diz Dalva. Sim, uma terapia não exclui a outra. Por exemplo: um paciente pode se submeter à quimioterapia para tentar se livrar de um câncer ao mesmo tempo em que adota uma série de medidas para amenizar o mal-estar decorrentes do mal. Caso a doença progrida, os cuidados paliativos vão ganhando importância até se tornarem exclusivos. 

    4.    Quais são as práticas paliativas?
    São muitas. “Integramos corpo, alma, emoção, espírito. Atender a todas essas dimensões, com atitudes e conversa, é fundamental”, esclarece Dalva. Além disso, faz parte do processo conscientizar o paciente e os familiares de que vida e a morte são naturais. “É necessário mudar de postura diante da doença e tornar esse processo de morrer o mais digno possível”, revela a oncologista.

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