É bem provável que você já tenha ouvido falar no retinol. Ele promete prevenir e suavizar sinais de envelhecimento, ajudar a tratar acne e manchas e estimular o colágeno – não é à toa que está na boca, ou melhor, na pele do povo. Mas alguns cuidados são necessários para avaliar se o retinol é a melhor escolha para sua pele e para fazer o uso correto do ativo.
O retinol é um dos retinoides: derivados da vitamina A, agem aumentando a renovação das células da pele e modulando a síntese de proteínas. No mercado, estão disponíveis em diversas fórmulas e em diferentes produtos.
Aliás, é importante não confundir: se você ouvir falar em acetato de retinol, o assunto é a suplementação de vitamina A para quem tem déficit do nutriente. Embora estejam relacionados na origem, não se trata do mesmo produto empregado para tratamentos estéticos.
O retinol, em geral, contém doses mais leves do ácido retinoico, forma ativa responsável pela ação na pele. Nos Estados Unidos, ele foi introduzido como tratamento para acne nos anos 1970. A descoberta dos efeitos nas rugas ocorreu só depois.
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Para que serve o retinol?
O retinol atua aumentando a velocidade de renovação das células. Ou seja, novas células surgem mais rapidamente na pele, e, assim, manchas ou cicatrizes de acne somem com mais rapidez. Com isso, o tom da pele também é uniformizado aos poucos.
A queda na produção de colágeno é uma consequência natural do envelhecimento. Por isso, a pele pode parecer mais fina, levando à formação de rugas e marcas. O retinol pode suavizar esse processo porque fortalece a epiderme ao estimular o colágeno.
No caso da acne, outro benefício do ativo é combater as vias inflamatórias que contribuem para a formação de acne e espinhas.
De todo modo, essa renovação da pele não é imediata: para as mudanças nos sinais de envelhecimento da pele e na presença da acne, são necessários três a seis meses de uso, no mínimo.
Retinol para o rosto: como usar?
Alguns tipos de retinoides, de ação mais forte, requerem receita médica. Os produtos disponíveis em farmácias e lojas de cosméticos geralmente contêm formulações mais leves, mas nem sempre a concentração de retinol está disponível no rótulo.
Por isso, pode não ser tão simples saber a forma correta de usar o ativo. A recomendação principal é sempre consultar um médico dermatologista para confirmar se o retinol é adequado para o seu tipo de pele e para saber quais as instruções para o uso em cada caso.
O retinol tem efeitos colaterais?
Para quem é propenso a alergias, pode ser melhor desviar do retinol. Casos de acne graves ou relacionados à causas hormonais também requerem outros tipos de tratamento, que só podem ser avaliados por um médico. Grávidas ou lactantes também não podem utilizar o retinol.
Alguns efeitos indesejados podem vir junto do uso do retinol. O principal é irritação e pele seca. Embora esses sintomas costumem passar após as primeiras semanas de uso, é recomendado começar o uso com uma dose baixa de retinol, introduzindo o produto aos poucos. Também vale intercalar o retinol com hidratantes.
Outro efeito do retinol é um aumento da sensibilidade da pele à luz ultravioleta, por isso o uso de protetor solar é essencial. Na rotina, é melhor aplicar o retinol apenas à noite e, pela manhã, lavar o rosto e aplicar o protetor solar.
Para pessoas de pele negra, também é necessário cuidado com a irritação que pode ser causada pelo ativo. Isso porque há mais chance de que a irritação deixe marcas na pele – a chamada hiperpigmentação.