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O que é queloide? Como tratar esse tipo de cicatriz?

Mesmo sem trazer grandes problemas para a saúde, esse tipo de cicatrização pode ser bem incômodo

Por João Antonio Streb
25 jul 2024, 17h30
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  • A apreensão de formar uma queloide durante a cicatrização é uma constante para quem colocou brinco ou piercing. Ocasionada por um crescimento anormal de tecido no processo cicatricial, ela é resultado de uma produção exagerada de colágeno. E, embora cause incômodos estéticos, não traz riscos à saúde.

    Não é incomum esse tipo de falha na cicatrização ser confundido com cicatrizes hipertróficas, que também são mais elevadas e avermelhadas, mas crescem dentro dos limites do ferimento. Já o queloide excede o espaço inicial da lesão, além de apresentar vermelhidão, coceira e dores na região da cicatriz queloideana.

    +Leia também: Casca de ovo pode inovar tratamento contra rugas e cicatrizes

    Quais são as principais causas da queloide?

    Há um componente genético, embora a origem não esteja bem mapeada. Sabe-se que algumas células de colágeno, aquela proteína responsável por dar elasticidade à nossa pele, se comportam de forma mais reativa em algumas pessoas e começam a se reproduzir de forma desordenada.

    Além de predisposição genética, pessoas com maiores níveis de pigmentação, como negros e asiáticos, tem uma incidência 15 vezes maior de cicatrização com queloide. Ela também é um processo mais comum entre os 15 e 30 anos.

    Mesmo que a formação de queloide seja um medo constante de quem é adepto dos piercings, não é um cenário muito comum de ocorrer. No entanto, a colocação de brincos e intervenções cirúrgicas têm risco de desencadear essa desordem cicatricial.

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    Hábitos e fatores ambientais também influenciam de forma menos direta: uma alimentação gordurosa e pouco saudável aumenta o estado inflamatório no organismo como um todo, o que pode afetar negativamente o processo de cicatrização.

    Quais são os principais tratamentos para queloide?

    É importante a consulta com um dermatologista para verificar qual tipo de comportamento cicatricial está ocorrendo e confirmar se é mesmo um quadro de queloide.

    Identificada a queloide, devido ao incômodo estético que a cicatriz pode proporcionar, muitas pessoas optam pela remoção cirúrgica, mas o problema pode retornar mesmo após a intervenção. Uma técnica que tem apresentado bons resultados é remoção com “debuking”, onde a pele ao redor da lesão não é atingida, o que diminui as chances do retorno da cicatriz na região.

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    Também são utilizadas as folhas de gel de silicone e curativos oclusivos de silicone, vendidas em fitas de uso diário e junto de placas de compressão. Essas placas também têm apresentado bons resultados na ação contra queloides, principalmente no lóbulo da orelha.

    Como a causa da queloide não é completamente esclarecida, é importante ser transparente com médicos-cirurgiões e body-piercers em relação ao histórico médico familiar e pessoal na questão de cicatrização, para dosar suas expectativas e avaliar os riscos.

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