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O que é harmonização facial: conheça mais o procedimento

Procedimentos invasivos buscam corrigir assimetrias e melhorar a qualidade da pele. Mas, quando mal aplicados, podem deixar deformidades

Por Sílvia Lisboa
1 mar 2024, 14h00
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O botox faz parte do arsenal empregado nos procedimentos de harmonização facial (Freepik/Freepik)
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Difícil apontar hoje uma personalidade famosa que não tenha se rendido à harmonização facial. Mas, afinal, o que é isso?

A ideia envolve a realização de uma série de procedimentos estéticos com o objetivo de melhorar a qualidade da pele e corrigir pequenas imperfeições e assimetrias. Geralmente, envolve a aplicação de toxina botulínica (botox), bioestimuladores, preenchedores e uso de tecnologias a laser e ultrassom. A maioria dos métodos, é bom que se diga, são invasivos.

Dermatologistas, cirurgiões plásticos e dentistas são os profissionais autorizados a fazer harmonização facial (há uma disputa entre os médicos e os dentistas em curso). Mas o tratamento pode custar caro e não é isento de riscos. Além das chances de parecer artificial, quando mal feito, as aplicações podem render alergias e deformidades.

+Leia também: De botox a lifting: desvende os procedimentos estéticos

Quais os riscos da harmonização

A harmonização voltou a ser assunto em 2023 após o ator Stenio Garcia ter compartilhado fotos suas antes e depois dos procedimentos, o que inundou as redes de comentários. À época, a seção gaúcha da Sociedade Brasileira de Dermatologia se posicionou alertando sobre os riscos.

“A harmonização facial é considerada um procedimento invasivo e, portanto, requer competência profissional especializada para ser realizada com segurança. (…) Alerta-se que o uso excessivo de materiais injetáveis, como preenchedores ou bioestimuladores, pode resultar em deformidades e complicações a médio e longo prazo, comprometendo não apenas a estética facial, mas principalmente a saúde do indivíduo”, diz trecho da nota, assinado pela médica e presidente da entidade no estado, Rosemarie Mazzuco.

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Como funciona a harmonização facial

Após uma avaliação individual, o especialista define quais substâncias usar, a quantidade e os pontos da face. Os preenchedores, por exemplo, servem para corrigir sulcos – como o famoso “bigode chinês” em volta da boca –, amenizar cicatrizes e melhorar o contorno da face, que perde definição à medida que os anos passos.

A toxina botulínica é uma aliada antirrugas. Produzida a partir de uma proteína produzida pela bactéria Clostridium botulinum, a substância, quando aplicadas em quantidades muito pequenas em um músculo facial específico bloqueia o impulso que o orienta, causando o relaxamento local.

Segundo a SBD, o botox atua como um bloqueio da musculatura subjacente das linhas indesejadas. O tratamento envolve injeção nos músculos para imobilizá-los. A aplicação e a recuperação costumam ser rápidas.

Já os bioestimuladores exercem um trabalho mais invisível: o de estimular o colágeno, responsável pela sustentação e firmeza da pele. A perda gradual do colágeno acarreta flacidez e rugas. Também injetáveis, os bioestimuladores são absorvidas pelo organismo e, quando isso ocorre, produzem uma reação inflamatória capaz de estimular a produção de fibras de colágeno.

As técnicas de laser e o ultrassom também auxiliam na produção de colágeno e melhoria da elasticidade da pele. Ao contrário dos preenchedores, sua vantagem é atuar contra a flacidez sem dar o volume dos primeiros. Na harmonização, fazem parte do arsenal usado para rejuvenescer a pele.

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A harmonização facial é definitiva?

A harmonização não dura para sempre. Em geral, a aplicação dessas substâncias intradérmicas duram de três a 24 meses dependendo da substância aplicada. A toxina botulínica tem a duração mais curta, e a dos bioestimuladores vai mais longe, podendo chegar a dois anos.

Ou seja, a harmonização facial não é um tratamento que se faz uma única vez, exigindo novas intervenções para manter os resultados após algum tempo.

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