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Luz pulsada: saiba se tratamento é efetivo e a diferença para o laser

Método popular para depilação também é usado para tratar diversas condições dermatológicas

Por Valentina Bressan
2 jul 2024, 15h32
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Aplicações variam graças à diferença de intensidades e comprimentos de onda (senivpetro/Freepik)
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A terapia com luz pulsada foi desenvolvida na década de 1990, para diminuir a quantidade de microvasos sanguíneos dilatados na pele – condição conhecida como telangiectasia. Hoje, a luz pulsada é oferecida como solução para uma variedade de problemas dermatológicos, mas é preciso cuidado ao optar pelo tratamento.

O que permite o uso do aparelho de luz pulsada para mais de um fim são os diferentes comprimentos de onda e durações da pulsação. Ao modificar esses fatores, dá para selecionar a camada da pele que será atingida.

O tratamento com luz pulsada é considerado uma opção para problemas vasculares e de pigmentação. Na área da estética, serve para a remoção de pelos corporais indesejados e para a redução de sinais de fotoenvelhecimento.

Na dermatologia, há indicações da luz pulsada para tratar melasmas, rosácea e lesões benignas na pele – conhecidas como “manchas solares”. Ela também pode ser recomendada para tratar acne, hiperpigmentação e rugas.

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Pontos de atenção antes de usar a luz pulsada

Apesar dos vários usos possíveis, é preciso ficar atento às contraindicações. Pessoas bronzeadas, grávidas e lactentes não podem utilizar a técnica. Pessoas de pele negra também devem ter cautela.

Como a luz pulsada atinge seu alvo guiada pela cor, ou seja, pela melanina, há riscos de queimaduras para pessoas com pele negra que buscam a técnica para a depilação, já que a cor do pelo se aproxima da coloração da pele.

A luz pulsada pode ainda desencadear crises de herpes em pessoas portadoras do vírus. Caso seja a opção mais indicada de tratamento para condições dermatológicas, a aplicação deve ser aliada ao uso de medicações para tratar a herpes.

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O uso de luz pulsada pode causar dor, vermelhidão e, em alguns casos graves, inchaço, infecção, cicatrizes, edemas e hematomas. O essencial é realizar o tratamento apenas com médicos capacitados para o uso do equipamento.

Depilação com luz pulsada

Tanto a luz pulsada quanto o laser são opções para remoção de pelos corporais indesejados. A luz pulsada é considerada segura e eficaz para esse fim, e é utilizada desde a década de 1990 para depilação.

A luz pulsada não é uma forma de depilação definitiva e total, mas reduz a quantidade de pelos. O uso ideal do equipamento é quando há bom contraste entre a cor do pelo e a cor da pele: ou seja, em peles mais claras com pelos mais escuros, em geral.

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A depilação com luz pulsada só pode ser feita se a pessoa puder evitar luz solar direta nos dias anteriores e posteriores à sessão. A técnica costuma causar menos dor que o laser, já que não destrói definitivamente o folículo capilar.

+Leia também: Depilação a laser: como funciona e quais cuidados tomar

É importante estar atento ao risco de hipertricose paradoxal: o nome difícil quer dizer que, ao estimular a pele com calor, em vez de danificar os folículos, a luz pulsada pode incentivar o crescimento de pelos em folículos que estavam inativos – gerando o efeito contrário do que se desejava. Isso costuma ocorrer quando a intensidade usada é menor do que a ideal.

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Rejuvenescimento e tratamento de cicatrizes

A popularidade da luz pulsada aparece em clínicas de estética, como uma solução para rugas, manchas e acne. De fato, existem indicações da técnica para o tratamento de problemas de pigmentação.

Uma vantagem da luz pulsada é que, em comparação ao laser, causa menos púrpura – manchas roxas e avermelhadas – ao tratar lesões vasculares e vasos dilatados.

Com fins de rejuvenescimento, estudos demonstram que a luz intensa pulsada estimula o colágeno e ajuda a retrair as fibras elásticas da pele. O problema é que o comprimento de onda mais efetivo para esse propósito causa efeitos adversos. Assim, é preciso pesar prós e contras com apoio médico antes de optar pelo tratamento.

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Bons resultados no tratamento de cicatrizes e de acne são associados ao uso de luz pulsada. No caso da acne, o tratamento traz benefícios bactericidas e reduz vasos sanguíneos que alimentam as glândulas sebáceas. O uso ideal é associado a tratamentos tópicos, devidamente indicados por dermatologistas.

Luz pulsada na oftalmologia

Parece estranho que a luz pulsada sirva como tratamento para os olhos – afinal, em sessões de depilação com luz pulsada ou laser, é preciso utilizar óculos de proteção para não danificar a retina. Mas essa aplicação também existe.

Estudos demonstram que o uso de luz pulsada tem bons efeitos no tratamento da síndrome do olho seco. Nesse caso, a luz pulsada é aplicada na pele em torno do olho. Ela surge como opção para pacientes com olho seco que passaram por outras opções sem sucesso.

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