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O que é o explante de silicone e como fica o corpo depois dele?

Além da busca por uma aparência mais natural, problemas associados às próteses nos seios também motivam procura pelo procedimento

Por Sílvia Lisboa
18 jul 2024, 14h16
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Remoção das próteses pode ter motivações estéticas ou de saúde (Freepik/Freepik)
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Em 2020, a influenciadora Evelyn Regly chamou atenção ao postar uma foto posando aliviada por ter removido seus implantes de silicone. A foto e o desabafo de Regly, que disse ter ficado nove meses com uma “cicatriz aberta”, surpreenderam no país que é um dos campeões de cirurgias plásticas no mundo.

Mas o caso de Regly não é incomum – no ano passado, a modelo Isabeli Fontana também exibiu seus novos seios após o mesmo procedimento. Vem crescendo no Brasil a busca por explantes mamários, ou seja, cirurgias para a retirada das próteses.

+Leia também: Retirada do silicone vira tendência

Por que os explantes de silicone estão em alta

São vários os motivos para crescimento dessa intervenção no Brasil. Em alguns casos a motivação é a mesma que levou a colocação de silicone: estética.

Em outros, a razão está em doenças associadas às próteses, como a “doença do silicone”, contratura capsular, ruptura da prótese e até um caso raro de linfoma (saiba mais sobre esses problemas no final deste texto).

Há ainda um terceiro motivo que nem sempre está ligado à vontade de desfazer das próteses: a necessidade de substituição do silicone. Afinal, as próteses têm prazo de validade e pode ser necessária sua substituição após 10 ou 15 anos. Nesse caso, o explante pode ser só o passo intermediário antes de um novo implante.

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Como é feito um explante de silicone

A remoção do silicone é feita pela mesma cicatriz por onde foi feito o implante, sem deixar novas marcas. Deve ser feita em hospital ou clínicas especializadas, com cirurgiões plásticos certificados. Como qualquer procedimento cirúrgico, precisa de hospitalização, anestesia e repouso por no mínimo 15 dias.

Mas o explante da prótese é raramente feito de forma isolada. Ao retirar o silicone, pode ser necessário também retirar o excesso de pele ou enxertar gordura na mama, extraída de outra parte do corpo.

Chamada de matospexia de redução, ou lifting da mama, a técnica não só remove o excesso de pele como também corrige o caimento natural dos seios associado ao envelhecimento, a ptose mamária.

A blogueira e atriz Evelyn Regly fez o explante de silicone com a mastopexia. Mas, para dar volume às mamas, também fez também a lipoenxertia, o enxerto de gordura extraída, em geral das coxas ou glúteos, posteriormente aplicado nos seios.

Doença do silicone e outros problemas associados à prótese

Nem sempre as dores associadas ao silicone se manifestam de forma tão evidente como foi no caso de Regly. Na época, a atriz relatou que se sentiu mal desde a colocação da prótese nove meses antes e ficou com uma “cicatriz aberta”.

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Mas existem sinais inespecíficos que aparecem anos depois da cirurgia, na forma de queda de cabelo, cansaço extremo, insônia, depressão entre outros. Chamada de doença do silicone, ela tem natureza autoimune: o corpo passa a rejeitar a prótese e ataca as células saudáveis. Seu diagnóstico é difícil e feito por eliminação.

O corpo também pode formar uma cápsula em volta do silicone, uma condição chamada de contratura capsular, a complicação mais comum dos implantes. Neste caso, os sintomas ocorrem nas próprias mamas, que ficam rígidas, inchadas e até com volumes desiguais. A prótese também pode se romper, o que também exige sua substituição.

Há ainda casos raros de linfoma associado a um tipo de prótese mamária. É um subtipo bastante raro de linfoma de células T, que costuma ser detectado precocemente e tratado com cirurgia. A Sociedade Brasileira de Mastologia afirma não ser caso para alarme, porque sua incidência é muito rara.

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