Wagyu: os benefícios da carne mais cobiçada do mundo
Marmorizada e saborosa, ela ainda ostenta melhor perfil nutricional. Mas o preço é salgado
Você já experimentou a famosa carne wagyu?
Essa iguaria de origem japonesa tem um sabor único, pois os filamentos de gordura que ficam entre as fibras musculares, característicos dela, se tornam solúveis em contato com o calor, tornando o filé muito mais suculento.
E se engana quem acha que ter essa gordura é uma desvantagem à saúde.
“Trata-se de um maior volume de gordura monoinsaturada, como os ômegas 3 e 6, relacionados à redução dos níveis de colesterol”, diz o zootecnista Matheus Luz, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu.
Tudo isso tem um custo, claro, e os cortes são mais caros que os de gado tradicional.
Mas no Brasil já existem rebanhos de wagyu, o que garante carne de qualidade a menor preço no mercado e em restaurantes como EAT Asia e Koburger, em São Paulo.
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Segredos do corte
Por que a carne wagyu é única
Alimentação e manejo
Nada de ração comum: os bois se alimentam de farelos naturais, e a quantidade depende da idade. Também vivem numa região plana.
Genética
É preciso ter garantia de que aquela linhagem de wagyu foi bem cuidada e oferece uma carne de qualidade ao longo das gerações.
Tempo
Antes de ser abatido, o wagyu precisa ter de 32 a 34 meses para crescer, muito mais que animais comuns, abatidos aos 20 meses.
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É verdade que as vacas wagyu recebem massagem e bebem cerveja?
Pelo menos as do Brasil, não. Mas é verdade que elas são muito bem cuidadas.
Para a carne do wagyu ficar na medida, conforme a certificação exige, os animais precisam ser criados em uma região sem irregularidades — o que os tornaria musculosos —, seguir uma dieta natural de acordo com a idade e não sofrer estresse.
Não é um spa com open bar, mas tem lá sua mordomia.