Veganismo reduz o risco de diabetes, diz estudo
Abandonar carnes, lácteos e quaisquer produtos de origem animal ajudaria pessoas acima do peso a se protegerem contra a doença
Não sobram dúvidas de que o excesso de peso é um grande fator de risco associado ao diabetes do tipo 2. Mas, segundo pesquisadores do Comitê dos Médicos para uma Medicina Responsável (EUA), quem está com quilos extras pode apostar em uma estratégia para se blindar contra o desenvolvimento da doença: tornar-se vegano.
Para o estudo, recém-publicado na revista científica Nutrients, os experts selecionaram gente acima do peso e sem histórico de diabetes. Por 16 semanas, uma parte dos voluntários seguiu uma dieta vegana pobre em gorduras e rica em frutas, verduras, legumes, grãos integrais e leguminosas – sem limite de calorias. A outra parcela da turma não fez mudanças à mesa.
Com base em um modelo matemático, os pesquisadores notaram que quem aderiu à dieta sem carne e laticínios teve uma melhora na sensibilidade à ação da insulina. Quando isso ocorre, a entrada do açúcar dentro das células é facilitada – aí ele não sobra na circulação, onde causa estragos.
Para completar, o veganismo ainda turbinou a ação das células beta do pâncreas, que são justamente as produtoras de insulina. Para quem não conhece, esse é o hormônio que garante o aproveitamento correto do açúcar.
Para Hana Kahleova, líder da pesquisa, a experiência reforça que comida é mesmo remédio, e que apostar em uma alimentação equilibrada baseada em vegetais pode ser de grande valia na prevenção do diabetes.
Apesar do foco na dieta vegana, é válido notar que um cardápio menos restritivo, porém equilibrado, tem tudo para ajudar a controlar a glicemia e, assim, afastar o diabetes – doença que, não custa dizer, aumenta a probabilidade de infarto, amputações e até alguns tumores.