Clique e Assine VEJA SAÚDE por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Tomate, um poderoso aliado contra o câncer

O fruto esbanja uma substância chamada licopeno, que ajuda a prevenir contra tumores

Por Da Redação
Atualizado em 12 jun 2017, 10h48 - Publicado em 3 dez 2016, 17h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Ele demorou a ser aceito no mundo. Levado de sua terra – a América – para a Europa, o fruto não foi incluído no cardápio logo de cara. Os europeus o temiam por ter sido classificado, pelos sábios da época, como espécie da família da mandrágora, planta tóxica e assídua nos caldeirões das feiticeiras.

    Assim, o tomate passou anos e anos como mero ornamento nos caramanchões dos terraços europeus. Foi só no final do século 16 que ele entrou na cozinha, graças a comensais corajosos. Na ocasião, ganhou fama de afrodisíaco, sendo apelidado de “maçã do amor”.

    A carreira do vegetal, entretanto, tomou novo fôlego em 1694, quando foi colocado na panela e se transformou em molho pelas mãos do italiano Antonio Latini (1642 – 1692). Sua receita recomendava assar, retirar a pele e acrescentar sal, azeite, pimenta e ervas. Foi assim que ganhou outros países e – o que é melhor – inaugurou sua trajetória como alimento anticâncer.

    Ao cozinhar com um fio de óleo, sem saber, o mestre-cuca criou a melhor maneira de aproveitar o licopeno. Acontece que esse potente antioxidante fica dentro das células do fruto e é liberado com o calor. Sem contar que o meio gorduroso facilita sua absorção pelo nosso organismo. Além disso, o molho conta com mais de um tomate, assim a quantidade do ingrediente protetor é naturalmente maior. Bravo, signore Latini!

    O licopeno é considerado um sinônimo de longevidade, pois não faltam estudos mostrando que reduz danos ao DNA das células. Os cientistas explicam que, graças à sua estrutura química, o ingrediente é eficiente no combate aos radicais livres, moléculas capazes de induzir o surgimento de tumores. Daí que as pesquisas associam o consumo cotidiano da substância à redução no risco de câncer, especialmente o de próstata e o de mama.

    E o mesmo ingrediente defende o endotélio, ou seja, ajuda a manter intacto o tapete de células que recobre nossas artérias, diminuindo a probabilidade de surgirem problemas como o infarto e o acidente vascular cerebral. Ainda na linha da ação cardioprotetora, o tomate nos presenteia com boas doses de ácido fólico, vitamina C e potássio, um trio festejado por blindar os vãos sanguíneos.

    Continua após a publicidade

    Leia também: Molho de tomate faz bem ao coração

     

    Capriche na limpeza do tomate

    Para se valer de tantos predicados, uma sugestão é procurar as versões orgânicas do fruto. É que a hortaliça figura entre as mais contaminadas com agrotóxicos. Inclusive, quanto mais verde dor a sua coloração, maior a concentração desses componentes perigosos.

    Se não for possível optar pelos tipos livres de pesticidas, um truque é mergulhar o vegetal em uma solução de água com um punhado de bicabornato de sódio.

     

    Diferentes tipos do vegetal

    Italiano: é o mais utilizado para preparar tomate seco, extratos e molhos caseiros devido ao sabor adocicado e pouco ácido. Além de ser bem carnudo, costuma apresentar menos sementes em relação aos seus parentes. Há entre 60 e 80 miligramas de licopeno numa porção de 100 gramas.

    Continua após a publicidade

    Débora: perfeito para o dia a dia, vai bem em saladas. Santa cruz, santa clara e paulista são suas outras denominações. Tem alta carga de licopeno: cerca de 70 miligramas a cada 100 gramas. Pelo equilíbrio entre acidez e doçura, é perfeito para molhos e sucos.

    Cereja: Pequenino, aguado e doce, ele costuma enfeitar pratos de saladas e massas. também é boa pedida como tira-gosto, especialmente para quem está de dieta, já que, além de saboroso e nutritivo, soma poucas calorias.

    Sweet grape: é o tomate-uva. Assim como o cereja, é bem pequeno, porém é mais adocicado e carnudo que seu primo. Trata-se de um ama alternativa para a lancheira da criançada e também é ótima opção como petisco. Um punhado de 100 gramas reserva cerca de 80 miligramas de licopeno.

     

    Um conselho

    Quando for preparar o molho de tomate, atenção redobrada com os outros ingredientes. Não vale errar a mão e encher a receita de sal. E, apesar de o óleo ajudar no aproveitamento do licopeno, o excesso vai somar calorias extras.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 14,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.