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Todas as razões pelas quais uma xícara de café pode ser boa para você

Embora ele ofereça inúmeros benefícios à saúde, é essencial consumi-lo com moderação

Por Justin Stebbing, professor de ciências biomédicas*
29 ago 2024, 10h15
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Estima-se que 75% dos adultos têm o hábito de tomar um cafezinho, e quase 50% o fazem diariamente (VEJA SAÚDE/SAÚDE é Vital)
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O consumo excessivo de cafeína é definitivamente ruim para a saúde, e pode haver bons motivos para que algumas pessoas queiram abandoná-la completamente. Mas se você se desespera com a ideia de deixar de tomar seu café matinal, não se preocupe.

Há muitas pesquisas que mostram que a ingestão moderada de café está associada a vários tipos de benefícios. Além das vantagens bem conhecidas de melhorar a saúde do coração, uma xícara diária de café parece ser boa para o cérebro e pode ajudar a prevenir doenças mentais.

Para começar, o café contém vários nutrientes essenciais benéficos para a saúde geral. Uma típica xícara de café de 240 ml fornece pequenas quantidades de vitaminas do complexo B riboflavina, ácido pantotênico, tiamina e niacina — bem como os minerais potássio, manganês e magnésio.

Os nutrientes do café podem contribuir significativamente para a ingestão diária quando várias xícaras são consumidas.

Ele também é rico em antioxidantes. De fato, muitas pessoas — especialmente no Ocidente — provavelmente obtêm mais antioxidantes do café do que de frutas e vegetais.

+ Leia também: O presente e o futuro do café

Então, o que o consumo de café realmente significa para o corpo?

Um dos benefícios potenciais mais conhecidos do café é sua capacidade de aumentar os níveis de energia e melhorar o estado de alerta mental, especialmente logo pela manhã ou durante um período de inatividade à tarde.

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Isso se deve principalmente à cafeína, um estimulante natural encontrado no café, que bloqueia o neurotransmissor inibitório adenosina do cérebro, que promove o sono e suprime a excitação. Isso leva ao aumento do disparo neuronal e à liberação de neurotransmissores como a dopamina e a norepinefrina, que melhoram o humor, o tempo de reação e a função cognitiva.

Entretanto, às vezes é difícil determinar causa e efeito. As pessoas tomam café no trabalho, por exemplo, e em ambientes sociais com amigos, de modo que a pesquisa tem de separar os efeitos do café e os efeitos do aspecto social de compartilhar o tempo com amigos e colegas.

+Leia também: Abstinência de café: ingerir a bebida ao acordar pode não ser o ideal

Doenças crônicas

No longo prazo, o consumo moderado de café pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver uma série de doenças crônicas.

1. Doenças cardiovasculares

O consumo moderado de café está associado a um risco reduzido de doença cardíaca e derrame. Estudos indicam que o consumo de uma a duas xícaras de café por dia pode reduzir o risco de insuficiência cardíaca.

Além disso, o consumo de café foi associado a um menor risco de mortalidade e doenças cardiovasculares. É interessante notar que, mesmo quando alguém tem ritmos cardíacos anormais, o café não é prejudicial de acordo com dados recentes.

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2. Diabetes tipo 2

O café pode aumentar a capacidade do corpo de processar a glicose, reduzindo o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Pesquisas demonstraram que as pessoas que consomem mais café têm uma menor probabilidade de desenvolver essa doença.

3. Doenças hepáticas

O café parece ajudar a proteger o fígado. Tanto o café comum quanto o descafeinado foram associados a níveis mais saudáveis de enzimas hepáticas, e os consumidores de café têm um risco significativamente menor de cirrose hepática e câncer de fígado.

+Leia também: Já olhou para o seu fígado?

4. Câncer

O consumo de café tem sido associado a um risco reduzido de vários outros tipos de câncer, inclusive os cânceres colorretal e de útero. Uma revisão sistemática constatou que o alto consumo de café está associado a um risco 18% menor de câncer.

5. Doenças neurodegenerativas

A cafeína está associada a um menor risco de desenvolver a doença de Parkinson e pode ajudar as pessoas com essa doença a controlar melhor seus movimentos. Além disso, o consumo de café pode reduzir o risco de doença de Alzheimer e outras formas de demência.

Saúde mental

Como se os benefícios físicos não fossem suficientes, também foi demonstrado que o café tem efeitos positivos sobre a saúde mental. Estudos sugerem que os consumidores de café têm um risco menor de depressão, com algumas descobertas indicando uma redução de 20% no risco de ficar deprimido.

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Além disso, o consumo de café tem sido associado a uma redução do risco de suicídio. Pesquisas descobriram que as pessoas que bebem quatro ou mais xícaras por dia têm 53% menos probabilidade de cometer suicídio.

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Tempo de vida

Com todos esses benefícios, não é de surpreender que pesquisas sugerem que os consumidores de café tendem a viver mais do que os que não bebem.

Um grande estudo envolvendo mais de 400.000 pessoas constatou que o consumo de café durante um período de 12 a 13 anos estava associado a um menor risco de morte, sendo que o efeito mais forte foi observado com quatro a cinco xícaras por dia.

Esse benefício de longevidade pode ser devido aos efeitos cumulativos das propriedades protetoras do café contra várias doenças.

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É necessário ter moderação

Embora o café ofereça inúmeros benefícios à saúde, é essencial consumi-lo com moderação. Também é aconselhável limitar a adição de açúcares e cremes para evitar a ingestão desnecessária de calorias.

A ingestão excessiva de cafeína pode levar a efeitos colaterais negativos, como nervosismo, ansiedade e distúrbios do sono. Algumas pessoas que são especialmente sensíveis à cafeína podem precisar limitar a ingestão de café ou evitá-lo completamente, pois mesmo o café descafeinado contém cafeína.

Como acontece com qualquer componente da dieta, o equilíbrio é fundamental. Ao compreender os possíveis benefícios e limitações do café, as pessoas podem tomar decisões informadas sobre como incorporá-lo em sua rotina diária.

Eu, por exemplo, continuarei com minha xícara matinal.Todas as razões pelas quais uma xícara de café pode ser boa para você

*Justin Stebbing é professor de ciências biomédicas na Anglia Ruskin University

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Esse é um artigo republicado do site The Conversation Leia o artigo original.

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