O valor do quiabo na dieta
Tem quem torça o nariz, mas os nutrientes benéficos estão justamente na baba desse alimento
Quando o assunto é gastronomia, o quiabo não é unanimidade. Tem gente que tem até nojo. A ojeriza se dá por causa do suco viscoso que escorre quando o vegetal é cozido. É a baba. Pois a gosma que tanto asco provoca se revela uma verdadeira parceira da saúde.
Estudos mostram que é capaz de equilibrar as taxas de glicose em circulação. Esse efeito contribui para que o açúcar não fique sobrando no sangue, o que reduz o risco do diabetes tipo 2. O mesmo gel favorece a integridade das paredes intestinais e tal atuação melhora a absorção de nutrientes e reforça a imunidade.
A substância tão predominante é, na verdade, o resultado de uma mistura de proteínas e de fibras solúveis, as festejadas mucilagens. Sua função na planta é reter água. O ingrediente é bastante usado na culinária cajun da Louisiana, nos Estados Unidos, para espessar sopas e caldos.
Já as sementes dessa hortaliça costumam ser utilizadas como substitutas no café em alguns países da África e da Ásia. Aqui no Brasil, o quiabo é destaque nas panelas mineiras juntamente com o frango. E, muito além do afamado componente gelatinoso, nos brinda com minerais como o potássio e o magnésio. Quem torce o nariz para o vegetal, portanto, está perdendo.
Dica
Para reter a baba, na hora do preparo não pique o quiabo. Quando o vegetal é cortado, enzimas quebram algumas moléculas. Estas, por sua vez, se ligam à água e formam o gel. Para neutralizar a ação dessas enzimas, outra dica é mergulhar a hortaliça em suco de limão.