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Intoxicação por água mineral: entenda quando ela pode acontecer

Caso no interior de São Paulo chamou atenção para possibilidade de contaminação na água engarrafada

Por Maurício Brum
15 out 2025, 20h21
agua-mineral
Contaminação da água mineral no processo de envase é rara, mas pode acontecer (Jonathan Chng/Unsplash)
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Um homem do município de Graça, no interior de São Paulo, foi internado no último final de semana com sinais de intoxicação após tomar água mineral. O caso segue em investigação pelas autoridades, e ainda não se sabe exatamente se o problema teve mesmo relação com a água ou teria se originado de outra maneira.

A suspeita é de que as garrafas estariam contaminadas com algum produto que levou aos sintomas graves: o paciente chegou a ter queimaduras de contato no esôfago e no estômago, mas, após o tratamento no hospital, já recebeu alta.

O episódio levantou dúvidas sobre as possibilidades de se intoxicar tomando água mineral, e os casos em que isso pode acontecer.

Entenda melhor o que já se sabe.

O que se sabe sobre o caso

Segundo relato do homem que sofreu a intoxicação, ele teria ingerido água mineral na última sexta-feira (10), logo antes de começar a se sentir mal. As garrafas estariam fechadas antes do consumo, o que seria um indício de que a causa do problema já poderia estar presente no líquido antes da abertura do lacre.

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As garrafas pertenciam ao lote 253.1 da marca Mineratta, com fabricação em 10 de setembro de 2025 e validade de 12 meses. Garrafas utilizadas pela vítima na empresa onde tomou a água originalmente, no hospital e em distribuidoras da mesma marca foram apreendidas para perícia, mas os resultados ainda não foram divulgados.

Até a última atualização deste texto, não se sabia se havia algum contaminante na água e, em caso positivo, que substância seria essa ou como ela teria ido parar na garrafa ou no lote em questão. Também não há confirmação se os sintomas do homem vieram mesmo da água ou podem ter sido causados por outra razão.

Após uma endoscopia, foram constatadas lesões no trato gastrointestinal compatíveis com uma queimadura de contato, segundo informou a Secretaria de Saúde local.

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A empresa detentora da marca Mineratta informou que está colaborando com as investigações e, em nota emitida aos meios de comunicação, afirmou que as garrafas não apresentavam “alteração visual, química, organoléptica ou que se associe com o produto”.

Intoxicação por água mineral? Como funciona?

Uma pessoa pode sofrer intoxicação exógena após tomar água mineral se o líquido estiver contaminado com alguma substância danosa à saúde.

É uma situação rara que a água em garrafa lacrada esteja contaminada, mas, quando isso acontece, os principais suspeitos são produtos químicos (como pesticidas, metais pesados e rejeitos, por exemplo) ou micro-organismos (como bactérias, parasitas ou vírus).

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Quando estão presentes na própria garrafa, isso pode ocorrer por falhas de qualidade no processo de envase ou adulterações deliberadas em algum momento da fabricação.

Casos de intoxicação posteriores à fabricação também podem ocorrer quando o recipiente utilizado para tomar a água estava contaminado com alguma coisa, como um copo que não foi devidamente higienizado e continha resíduos tóxicos ou patogênicos que se misturaram ao líquido.

Além disso, a expressão “intoxicação por água” também é comumente utilizada para se referir a outra situação, que não parece ter relação com o ocorrido em Graça e não é ocasionada por contaminantes: quando a pessoa bebe uma quantidade muito grande de água em pouco tempo, o que leva a um quadro de hiponatremia.

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Nessa crise, os sais presentes no sangue se diluem e o nível de sódio baixa perigosamente, podendo levar a quadros de falência renal, hepática e cardíaca se o problema não for tratado.

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