Clique e Assine VEJA SAÚDE por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Frutas típicas de fim de ano: benefícios e como usar

Amora, cereja, jabuticaba.... Elas reinam nas ceias de Natal e Ano Novo, mas deveriam compor o cardápio em outras épocas também – veja seus benefícios

Por Katia Cardoso
Atualizado em 10 jan 2019, 14h34 - Publicado em 19 dez 2017, 12h18
Ceia natal e e ano novo com frutas
As prateleiras dos mercados ganham mais cores no fim de ano graças a essas frutinhas belas... e saudáveis! (Foto: Alex Silva/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

Basta um giro rápido pelo setor de hortifrúti do mercado para perceber a explosão de cores e aromas que toma conta do lugar nesta época do ano. Tudo por causa das frutas que dão as caras por aqui em dezembro – caso de lichia, framboesa, damasco, entre outras.

Embora haja boa oferta delas e os preços estejam mais acessíveis, o brasileiro aproveita pouco essa diversidade. A banana é, disparada, a mais consumida no País desde 2009, como mostrou a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feita lá atrás. Ela era a única fruta entre os 20 alimentos prediletos.

Segundo Ângela Giovana Batista, mestre em alimentos e nutrição pela Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista, é uma pena que as frutas vermelhas não sejam uma preferência nacional. Ora, elas oferecem inúmeros benefícios para o corpo.

“Pesquisas comprovaram os benefícios de consumi-las com regularidade, como perda de gordura, redução dos níveis de glicose no sangue, queda no colesterol e melhora da memória”, diz Ângela.

Precisa de mais argumentos? Com ajuda de nutricionistas, selecionamos sete frutas típicas de fim de ano – e que, a partir de hoje, vamos torcer para que ganhem espaço no ano todo. Confira:

1) Amora

Cerca de 100 gramas dela garantem 14% das nossas necessidades diárias de fibras. E está aí uma substância que ajuda a melhorar o trato intestinal e a emagrecer.

Fonte de vitamina E, C e K, a amora carrega também os ácidos elágico e gálico, além de kaempferol e quercitina. “Esses compostos estão relacionados ao menor risco de câncer e à prevenção de doenças neurológicas, como o Alzheimer”, indica a nutricionista Clarissa Hiwatashi Fujiwara, coordenadora da Liga Acadêmica de Obesidade Infantil, do Hospital das Clínicas, em São Paulo.

Continua após a publicidade

2) Cereja

Como as outras berries (frutas vermelhas e arroxeadas), tem muita vitamina C e, por isso, apresenta potente ação antioxidante e anti-inflamatória. “Estudos preliminares mostram que atua no combate à artrite”, destaca Clarissa.

Aqui, ela chama a atenção também pela quantidade de fibras alimentares insolúveis e solúveis, como a pectina. “A pectina produz compostos que auxiliam a saúde intestinal e evitam a obesidade, o diabetes tipo 2 e outras doenças inflamatórias”, confirma Ângela.

3) Damasco

Parente próximo do pêssego, ele conta com catequinas – os mesmos compostos encontrados em chá verde, vinho e cacau. Seu consumo regular está atrelado à redução do risco cardíaco e à proteção da saúde dos olhos.

“A fruta fresca é fonte de fibras e das vitaminas C e A, que atua na saúde ocular”, diz Paula Honda, nutricionista da RG Nutri, de São Paulo.

Já a versão seca deve ser consumida com moderação. É que, depois de desidratada, os nutrientes ficam concentrados, incluindo os açúcares.

Continua após a publicidade

Mas, se você não exagerar, só tem a ganhar mesmo com o damasco ressecado. “Só saiba que é mais difícil ficar saciado com uma ou duas unidades”, avisa Ângela.

4) Framboesa

Como o mirtilo, esbanja vitamina C. E, entre as vermelhas, é a que apresenta mais fibras. “Uma porção de 120 gramas possui 31% da recomendação diária”, confirma Honda. Além disso, é rica em manganês, que auxilia na formação óssea e turbina os sistemas imune, nervoso e reprodutor.

Clarissa confirma que, em pesquisas iniciais, a frutinha foi vinculada à melhora da inflamação intestinal na doença de Crohn e à redução da esteatose hepática (gordura no fígado).

5) Jabuticaba

A mais brasileira de todas essas frutas (e também a mais barata) bate um bolão quando o assunto é proteger a saúde. Sua polpa é rica em água, minerais e açúcares, mas é na casca que estão concentradas as fibras e os compostos fenólicos.

Uma pesquisa realizada por Ângela Giovana Batista, da Unicamp, revelou que sua casca diminui a glicose e o colesterol do sangue, fora prevenir o ganho de massa corporal gorda. “Pode também aprimorar a atenção, a memória e o aprendizado”, arremata.

Continua após a publicidade

6) Lichia

Originária da China, a frutinha exótica conta com água, minerais, fibras, açúcares e pequenas quantidades de compostos fenólicos (quando comparada às demais berries). Pesquisas mostram que há extratos importantes na casca e na semente, mas o fato é que essas partes não são comestíveis.

Na polpa, há fibras e minerais, além de compostos com função antioxidante e ação antimicrobiana.

7) Mirtilo

Sua cor quase azulada dá a pista de que a fruta é boa fonte de antocianinas e outros compostos antioxidantes. Um deles é a luteína, conhecida como a vitamina do olho, tamanho seu potencial a favor da visão.

Como as demais frutas mencionadas, carrega vitaminas C e K, que participa da manutenção da saúde dos ossos e do coração. Uma única porção por semana garante a saúde do cérebro e afasta o risco de doenças neurológicas.

Consumo ideal

Todas as protagonistas desta reportagem conferem mais benefícios ao serem consumidas ao natural. E, quanto mais variação no cardápio, melhor.

Continua após a publicidade

O guia alimentar brasileiro orienta a ingestão de três a cinco porções diárias de frutas. Para ficar mais fácil, uma porção concentra, em média, 80 gramas, o equivalente a meia xícara.

“No caso do damasco seco, não ultrapasse 25 gramas, ou uma colher de sopa dele picado”, alerta Clarissa. Use em sucos, smoothies e saladas de frutas.

Antes congelada do que nunca

Estudo feito com o mirtilo comprovou que, após seis meses de congelamento, a perda de nutrientes foi de 59%. É uma derrocada considerável, mas que não inviabiliza o consumo dessa versão. Até porque ela costuma pesar menos no bolso.

“Ao comprar essas frutas congeladas, escolha as que apresentem menor formação de cristais de gelo”, orienta Ângela. A quantidade e o tamanho desses cristais dão dicas de como foi o processo de congelamento e se houve perda de nutrientes.

Modos de uso

Paula Honda explica que é possível aproveitar a versão congelada principalmente nas receitas em que serão trituradas, caso dos sucos e vitaminas.

Continua após a publicidade

Outra ótima maneira de incluir essas frutas no decorrer do ano é preparar geleias e compotas, aproveitando quando estão com preços mais baixos. “Mas consuma com moderação devido ao alto teor de açúcar dessas preparações”, diz.

A nutricionista também valoriza os atributos sensoriais delas, como sabor, aroma, cor e textura. Em geral, as frutas vermelhas integram receitas de doces, mas também compõem molhos agridoces com aceto balsâmico. “Pela cor intensa, essas frutas podem até finalizar e decorar pratos”, completa Paula.

E se você ainda está preocupado com o orçamento, saiba que, no Brasil, há opções de frutas vermelhas mais acessíveis. Estamos falando de jambo-vermelho, jambolão e camu-camu. “Elas são igualmente saudáveis”, afirma Paula. Opções para um fim de ano saudável não faltam!

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.