Casca, polpa e até caroço: o aproveitamento integral da jabuticaba norteia um projeto científico da Embrapa Agroindústria de Alimentos, no Rio de Janeiro.
Cientes de que o fruto tem substâncias valiosas para a saúde e praticamente 50% dele (a casca e a semente) é descartado, os estudiosos estão explorando seu potencial como matéria-prima de produtos inusitados — de leite fermentado a shake proteico.
Também foram desenvolvidos processos agroindustriais que permitem utilizar insumos da jabuticaba para dar cor, aroma e sabor a alimentos. Dessa forma, o consumidor poderá se beneficiar ainda mais das fibras e dos pigmentos da fruta, reconhecidos pelo papel protetor do organismo.
Raio X nutricional
O que você encontra numa porção de 100 g de jabuticaba, segundo a Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos (Taco/Unicamp)
Calorias: 58 kcal
Carboidrato: 15,3 g
Fibras: 2,3 g
Vitamina C: 16,2 mg
Potássio: 130 mg
Magnésio: 18 mg
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Criações da Embrapa
Ideias testadas e aprovadas no centro de pesquisa no Rio de Janeiro
Barrinha: feita com a polpa e a farinha da casca da jabuticaba, a tira de fruta laminada lembra uma barra de cereais.
Leite fermentado: os cientistas adicionaram a farinha da casca a uma bebida láctea probiótica, que ganha cor e sabor naturais.
Granola: juntando pedaços da fruta laminada e a farinha da casca a um mix de cereais, obtém-se um preparo prático e saudável.
Aditivo natural: o aproveitamento integral da jabuticaba propiciou um insumo que serve de aromatizante ou corante na indústria.
Shake proteico: trata-se de uma mistura da fruta desidratada em pó para ser batida com água e ingerida antes ou depois dos treinos.