Chá de nêveda: quais os benefícios e os cuidados com a planta
Extratos obtidos com a espécie nativa do Mediterrâneo trazem benefícios em potencial, mas vantagens da infusão ainda são pouco consolidadas
A nêveda, uma planta com sabor que costuma ser comparado a algo entre a menta e o orégano, é conhecida sobretudo na região do Mediterrâneo como uma solução caseira para diferentes moléstias de saúde.
Pertencente à espécie Calamintha nepeta, a nêveda é tradicionalmente empregada para aliviar desconfortos gastrointestinais, como gases e cólicas. Outros usos populares também sugerem que ela poderia ajudar com insônia, quadros de epilepsia e até mesmo doenças respiratórias. Mas será que essas promessas se confirmam?
Veja o que a ciência diz.
A nêveda tem benefícios mesmo?
O principal composto encontrado na nêveda é a pulegona, presente também em plantas como a hortelã, a menta e o poejo.
A pulegona está associada a potenciais antioxidantes, anti-inflamatórios, antiespasmódicos, antimicrobianos e também a uma proteção da mucosa gástrica, entre outros benefícios. A planta ainda é rica em compostos fenólicos, como flavonoides.
Essa longa lista de vantagens em potencial é estudada pela ciência e explica parte da fama da planta, especialmente quando o tema é o combate a desconfortos gastrointestinais e convulsões. A Calamintha nepeta também pode ser usada em cataplasmas, uma aplicação de ervas tradicionalmente utilizado para cicatrizar e desinfetar feridas.
No entanto, é importante não superestimar os benefícios em potencial da planta, e menos ainda os do chá. Grande parte dos estudos em torno dela, atualmente, diz respeito aos extratos obtidos a partir da nêveda. Não há evidências robustas de que a infusão efetivamente traga benefícios, e permanece a incerteza quanto à dosagem mais adequada.
Cuidados com a planta
Não faça uso da nêveda sem o devido acompanhamento profissional. Embora o chá tenha usos tradicionais na Europa, por aqui ela é menos conhecida, o que também reduz a sabedoria popular em torno dos seus efeitos e riscos.
E ela não é inócua: em quantidades excessivas, a pulegona pode ter efeitos tóxicos no organismo, e pesquisadores ainda tentam determinar os níveis mais seguros para não exagerar na dose quando se trata da nêveda.
Outro cuidado diz respeito a uma possível confusão entre espécies. Isso porque o nome nêveda pode ser usado, em alguns lugares, para se referir à Nepeta cataria, planta famosa como a erva-dos-gatos ou catnip.
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