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Chá de cavalinha: as propriedades e as contraindicações da planta

Relatada na medicina tradicional desde a antiguidade, planta até pode trazer benefícios, mas também há riscos

Por Gabriel Bortulini
Atualizado em 7 jun 2024, 16h46 - Publicado em 7 jun 2024, 16h43
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Tanto o nome científico quanto o popular da cavalinha fazem referência à semelhança das folhas com um rabo de cavalo (wirestock/Freepik)
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A cavalinha, nome popular dado a plantas do gênero Equisetum (na raiz latina, literalmente “cauda de cavalo”), é utilizada desde a antiguidade por supostas propriedades medicinais. A planta geralmente é consumida por meio da infusão em água quente, no chamado chá de cavalinha.

O uso tradicional tinha razão de ser. Hoje em dia, diversas pesquisas já apontaram as ações diuréticas da planta, que também tem propriedades anti-inflamatórias e que auxiliariam na proteção do tecido ósseo. No entanto, mesmo com vantagens, seu consumo requer cuidados.

+Leia também: Chá de boldo: quais os benefícios e riscos para a saúde?

Quais são os benefícios do chá de cavalinha

A cavalinha possui sais de potássio, cálcio e fósforo e é conhecida por seus efeitos diuréticos. Eles podem auxiliar em casos de retenção hídrica e edema, bem como em outros distúrbios urinários leves.

Além disso, o chá pode ser um aliado na saúde dos ossos e do colágeno. Isso porque a cavalinha contém sílica, um componente que demonstra benefícios na síntese do colágeno e no fortalecimento de estruturas ósseas, de unhas, cabelos e cartilagem. Pode ser, inclusive, indicada como coadjuvante em processos reumáticos.

Ainda, estudos têm revelado ações anti-inflamatórias, analgésicas, antimicrobianas e sedativas.

Entretanto, a cavalinha não deve ser utilizada como único agente de tratamento. Embora a planta apresente ações terapêuticas, ela não substitui a prescrição de medicamentos e a dieta saudável. Consulte um especialista antes de qualquer utilização.

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Além disso, há várias contraindicações e riscos no seu uso, como explicaremos abaixo.

A cavalinha na medicina tradicional

A planta é nativa de várias regiões do hemisfério norte – desde a América do Norte, cruzando pela Europa, Himalaia, até o Japão. Tanto o nome popular quanto o científico (Equisetum arvense) se referem à semelhança das folhas com um rabo de cavalo. Já arvense se refere àquilo que cresce ou é cultivado no campo.

Na antiguidade, Plínio e Galeno já mencionavam a planta. Os relatos da Idade Média destacam o uso terapêutico da cavalinha contra a tuberculose e também como cicatrizante e, mais tarde, ela também foi empregada contra a litíase urinária.

Como preparar o chá de cavalinha

A forma mais comum de preparar a planta é por meio da infusão de seus talos secos. A erva é facilmente encontrada em lojas de produtos naturais e também em farmácias.

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O preparo do chá é muito simples: para 250 ml de água fervida, basta acrescentar 2 a 3 colheres de chá da planta (pode ser direto na água quente ou com um infusor). Tampe por 5 a 10 minutos, coe e o preparado está pronto para consumo.

É recomendado não tomar o chá mais do que três vezes ao dia, considerando doses de 150 ml.

Uso prolongado pode ser tóxico

O uso do chá deve ser pontual, e ele não deve ser bebido durante mais de quatro semanas seguidas. O uso prolongado pode ser tóxico e provocar carência de vitaminas e problemas hepáticos. A ação diurética pode ocasionar perda de potássio.

A ingestão também pode causar reações alérgicas e distúrbios no sistema gastrointestinal, situações em que o consumo deve ser interrompido imediatamente.

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A planta pode ainda interferir na ação de medicamentos como os anticoagulantes, anti-hipertensivos e diuréticos. Por isso, se você faz uso de algum fármaco desse tipo, não se deve tomar chá de cavalinha sem ouvir antes um médico.

O consumo é contraindicado para menores de 12 anos, além de gestantes e lactantes. Pessoas com hipotensão arterial e doenças renais também devem evitar a utilização da cavalinha.

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