Durante atendimentos no ambulatório de obesidade grave do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), a equipe ouvia relatos recorrentes de pacientes com problemas nos ossos e nas articulações. Cientes de que o azeite tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias protetoras nesse contexto, os pesquisadores resolveram testá-lo em 111 voluntários.
Eles formaram três grupos: enquanto o primeiro adicionou 52 mililitros de azeite no dia a dia (o correspondente a 3,5 colheres de sopa), o segundo investiu em uma dieta tipicamente brasileira (com arroz, feijão, carne, vegetais…). Já a terceira turma seguiu a dieta brasileira e também usou o azeite.
“Observamos que as duas medidas tiveram efeitos positivos na saúde óssea de adultos com obesidade grave”, relata a nutricionista Camila Cardoso, uma das autoras do trabalho.
Pode aquecer?
Para evitar a perda dos preciosos antioxidantes do azeite, a nutricionista Erika Silveira, professora e orientadora da pesquisa da UFG, afirma que a melhor forma de aproveitá-lo é em temperatura ambiente. “Outra orientação é optar pelo extravirgem”, avisa. Essa versão vem da primeira prensa da azeitona e, por isso, concentra mais substâncias benéficas.